×

MANIFESTAÇÃO CONTRA BOLSONARO | SP: Bloco do Pão e Rosas não marcha com golpistas e com a direita latifundiária

segunda-feira 1º de outubro de 2018 | Edição do dia

Dezenas de milhares de mulheres se reuniram no Largo da Batata em São Paulo como parte do dia nacional de luta contra Bolsonaro e esta manifestação está marcada para caminhar até a Avenida Paulista, com as candidatas presidenciais tendo direito a fala: isso inclui a golpista Marina Silva, e as candidatas à vice-presidência Kátia Abreu (a Motoserra de Ouro, na chapa de Ciro Gomes) e a conciliadora Manuela D’Avila (na chapa do PT com Fernando Haddad, que ora oferece um pacto de unificação com a mesma direita que aprovou o golpe institucional.

Justamente por que foi massivo com centenas de milhares em todo o país, mais importante ainda é debater a estratégia e o combate a conciliação petista pra enfrentar a extrema direita e os golpistas.

Foto: Gabriela Biló

Como dissemos em declaração do Pão e Rosas, querem usar o movimento de mulheres para encobrir a conciliação do PT com golpistas, e não pra enfrentar a extrema-direita. O justo sentimento de ódio contra Jair Bolsonaro pode ser transformado em nada por todos estes setores que querem somente nosso voto para conciliar com golpistas, capitalistas e reacionários de todo tipo. Por isso nosso ódio contra Jair Bolsonaro precisa ser um ódio de classe. E se é um ódio de classe, nossos aliados são os trabalhadores, a juventude, as mulheres, os negros explorados e oprimidos, não os golpistas e capitalistas que nos oprimem, nos exploram e nos atacam.

Agitação do Pão e Rosas na concentração do ato em SP

Em cada local de trabalho e estudo o Pão e Rosas e todos militantes do MRT, mulheres e homens, batalhamos para levar nosso ódio a Bolsonaro e toda extrema direita às ruas. Mas o combate à direita não pode ser feito de braços dados com Kátia Abreu nem com Marina Silva, nem em nome de um pacto que o PT e PCdoB oferecem aos golpistas e ao mercado para aceitar uma reescrita do regime político do país.

Quem poderia imaginar possível que escravocratas como Kátia Abreu ou Ana Amélia, a golpista Marina Silva, mas também aquelas que querem nos fazer conciliar com essa direita - como Manuela D’Ávila - podem nos ajudar a vencer Bolsonaro? O PT e o PSOL defenderam, durante a organização do ato, que todas as presidenciáveis e vices pudessem falar no microfone; nos opusemos ferrenhamente a isto. Não há unidade possível com as ruralistas e escravocratas. Por isso, nosso bloco do Pão e Rosas não marchou junto ao ato em SP.

Junto a centenas de mulheres, Maíra Machado, candidata a deputada estadual pelo MRT em São Paulo retomou a posição do Pão e Rosas que foi levada em panfleto ao ato (leia neste link) e fez parte de uma luta cotidiana na preparação aos atos para que estes não fossem palanques para a conciliação e para inimigas das mulheres.

O Pão e Rosas chama as mulheres a seguir lutando contra Bolsonaro e a extrema direita sem ser massa de manobra da política petista de conciliação com os golpistas escravistas, defendendo uma saída anticapitalista para que sejam os patrões aqueles que paguem pela crise.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias