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REABERTURA INSEGURA DAS ESCOLAS | Rossieli quer obrigar alunos a voltarem às escolas em setembro, mesmo sem serem vacinados

João Dória (PSDB) e Rossieli seguem tentando garantir os interesses dos empresários e dos capitalistas, buscam obrigar alunos não vacinados a irem para as escolas, correndo o risco de se contaminarem e colocarem em risco a sua vida, assim como a de seus familiares, amigos e demais pessoas. Não podemos aceitar essa nova imposição de retorno! É a comunidade escolar, junto com os profissionais da saúde que devem decidir!

terça-feira 6 de julho de 2021 | Edição do dia

Imagem: Estadão Conteúdo

Questionado do porquê poucos alunos têm voltado às aulas presenciais, Rossieli cinicamente tentou isentar o governo Dória de também ser culpado pela gestão irracional da pandemia e pela morte de dezenas de milhares no Estado de São Paulo, inclusive culpando os professores por se contaminarem, o que é um absurdo, porque quem não garantiu testes massivos, vacinas para todos e outras medidas básicas de proteção foi o governo Dória, e não os professores: "São muitas razões e uma delas é que já houve diversas "voltas às aulas". Quando a gente começou, em 8 de setembro (de 2020), sabia que seria algo crescente, e assim foi, até o final do ano. Tivemos um bom desempenho até fevereiro e aí veio essa nova onda. Esse tanto de casos (de covid) atrapalha muito. Porque você quebra o elo de confiança com a família, ela começa a pensar "não vou mandar agora". Há também mentira, fake news, erro. E meias verdades, como um professor que pegou covid. Mas pegou dentro da escola ou porque foi ao restaurante, praia, supermercado? Teve também a questão de emprego, a crise financeira das famílias".

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O Secretário também afirmou que em 2020 houve a menor taxa de evasão escolar, e que esse problema do abandono vai se apresentar novamente quando as aulas presenciais voltarem: "Sabe quando é que é que vai dar, realmente, o tamanho do problema? Quando a gente disser: é obrigatório voltar para a escola agora. Vamos lá, já vamos ter vacinado, talvez em setembro. Quando chegar a esse momento, o jovem vai ter de escolher entre ajudar a família a botar o que comer em casa ou voltar à escola. Esse vai ser o maior desafio." Desse modo, Rossieli novamente tenta isentar a responsabilidade do governo Dória, que é justamente quem coloca para o estudante esse dilema de ter que escolher entre trabalhar para ajudar a família e se manter ou estudar, pois esse governo burguês não garante para a classe trabalhadora e seus filhos as condições básicas para poder sobreviver e estudar, sem que precisem trabalhar. Enquanto isso, Dória gasta bilhões para pagar a ilegítima e fraudulenta dívida pública, garantida pela Lei de Responsabilidade Fiscal e do Teto de Gastos, ao invés de usar esse dinheiro para saúde, educação e moradia.

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Rossieli também quer impor a volta às aulas em setembro. Segundo ele, "a previsão é em 15 de setembro ter vacinado todo mundo acima dos 18 anos com a primeira dose. A primeira dose é muito eficaz, já vai ter um nível de proteção mais alto. Aí é o momento de cravar que é hora de voltar". Ou seja, para Rossieli não importa que os estudantes menores de 18 anos não vacinados irão para escola correndo grande risco de se contaminarem, colocando a suas vidas, de seus familiares e amigos em risco.

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Segundo o secretário "o discurso de não voltar [às aulas] está prejudicando o aluno da rede pública, o que mais precisa". Afirmações absurdas como essas tentam esconder que Dória e Rossieli querem garantir os interesses dos capitalistas e empresários. Por exemplo, o setor empresarial tem interesse na reabertura das escolas pois enxergou uma nova oportunidade de explorar ainda mais a classe trabalhadora, rebaixando as condições de trabalho, que já eram notoriamente desfavoráveis, com a uberização da sua força de trabalho. Os trabalhadores que precisaram sair de casa, que não tiveram direito ao isolamento e à quarentena porque arriscaram suas vidas para levar alimento para suas famílias, necessitam das escolas abertas para ter um local “seguro” onde deixar seus filhos.

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Não podemos aceitar essa nova imposição de retorno! Somos nós, da comunidade escolar (pais, funcionários, professores e alunos) junto com os trabalhadores da saúde, que devemos decidir quando e como se dará o retorno das aulas presenciais. Isso porque somente nós que podemos buscar saídas efetivas, não estando o lucro de poucos acima das nossas vidas.




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