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LAVA JATO | Romero Jucá pede licença de seu ministério para tentar livrar Temer

Romero Jucá, braço direito de Temer, pediu licença de seu cargo em meio ao escândalo de sua gravação com Sérgio Machado tentando poupar o presidente golpista. Nas gravações mostra como o impeachment era parte de uma operação para tentar, passo seguinte, acabar com a Lava Jato e garantir a impunidade de diversos políticos, como ele mesmo, Lula e dos tucanos.

segunda-feira 23 de maio de 2016 | Edição do dia

Com medo da repercussão do vazamento de suas conversas com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, e por ter escancarado a face golpista e corrupta do governo Temer, o ministro do planejamento Romero Jucá, disse que irá pedir licença do ministério a partir desta terça-feira. As gravações escancararam como uma das intenções do PMDB com o impeachment era procurar estabelecer um acordo de impunidade a toda "classe" política.

Jucá afirmou que vai pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste se há algum indício no conteúdo do diálogo divulgado de que ele possa ter cometido algum crime. O pedido à PGR deverá ser apresentado na noite de hoje.

Jucá quer ganhar tempo com o licenciamento, porém toda grande mídia cita fontes do governo afirmando que o ministro do Planejamento, e braço direito de Temer, não deve retomar seu cargo.

Junto à gravação de Jucá feita pelo denunciado Machado, que procura fechar um acordo de delação premiada valendo-se deste recurso, há notícias que o ex-tucano e ex-presidente da estatal também teria gravado conversas com o cacique do PMDB e ex-Presidente da República José Sarney, bem como com outro cacique, Renan Calheiros, atual Presidente do Senado e vice-presidente da República desde o afastamento de Dilma e Cunha. Estas novas gravações poderão ter desdobramentos no alto escalão do PMDB e nos rumos de todo o regime e política nacional.

Diferente do tratamento acelerado que a lava jato teve com as denúncias contra o PT, só agora no fim de maio foram vazados conversas de março de grandes figurões do PMDB com teor que articulavam o golpe institucional para garantir blindagem a acusados de corrupção, do próprio PMDB, de Aécio do PSDB bem como de Lula. Ou seja, somente depois de consumado o golpe este áudio que afetaria o andamento do impeachment foi revelado. Este acordo de impunidade, segundo a gravação teria sido feito com membros (não citados) do Supremo Tribunal Federal.

Os desdobramentos das novas denúncias e atuação tanto do "partido da mídia" como do "partido do judiciário" ainda são incertas, mas já afetam o governo Temer e ao mesmo tempo que escancaram os fins escusos do impeachment para parte de seus agentes do PMDB, também demonstram que a corrupção não será combatida pelas mãos destes parlamentares nem desta justiça que anda ou trava denúncias não de acordo com o suposto combate à corrupção mas segundo suas intenções políticas.




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