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LUTA DOS ESTUDANTES RIO | Rio de Janeiro: Se o estado decreta férias, os estudantes ocupam a rua!

Os autores desta matéria são estudantes que participam da ocupação do CE Visconde de Cairu.

terça-feira 3 de maio de 2016 | Edição do dia

Nesta quarta-feira, dia 4, os alunos das escolas ocupadas no Grande Meier vão as ruas reivindicar seu direito de ter uma educação pública de qualidade. A manifestação está marcada para as 8h da manhã na praça do Méier. Os estudantes querem ganhar apoio da população, para assim, ter uma base mais forte contra esse governo que só corta da educação e da saúde, deixa de pagar pensionistas e parcela o salário dos professores e demais trabalhadores do estado. Já são 73 escolas ocupadas contra o sucateamento, falta de investimentos e cortes do governo a educação.

Em uma tentativa desesperada de conter as ocupações o governo do estado vai decretar férias forçadas apenas para as escolas ocupadas para esse mesmo dia 4, e como sabemos, nas férias o Rio Card não funciona. Uma clara medida para desmobilizar o movimento dos estudantes.

Para nos defender das manobras de Pezão-Dornelles e da Seeduc, os estudantes precisam responder com sua própria organização, com um comando das escolas ocupadas que seja unificado pela base, com representantes eleitos e revogáveis nas assembléias das escolas ocupadas. As entidades estudantis (Anel, UBES e AERJ), devem apoiar este comando e ocupar as escolas onde estão, mas os membros deste comando devem ser eleitos nas assembléias de suas escolas ocupadas.

Nós estudantes não podemos parar de sair às ruas, para fazer com que nossas reivindicações sejam ouvidas e para ganharmos o apoio popular. O ato do dia 4 tem de ser só o começo. Tem de haver mais mobilizações seguindo o exemplo das escolas de SP, para sairmos vitoriosos e mostrar para o Governador que não vamos ceder as suas tentativas de desmobilização.

Assim, também é necessário que o comando se posicione contra o golpe parlamentar que está acontecendo no país. E que o comando faça um chamado a todos estudantes para, aliado aos trabalhadores, com paralisações piquetes e ocupações, também combater esse golpe de uma direita conservadora, que é contra os direitos democráticos das mulheres, dos LGBT e dos negros e que quer levar adiante cortes maiores na educação.

Seguindo o exemplo dos estudantes das ETECs de São Paulo, que nesta segunda [mostraram que não iam recuar nem mesmo para a tropa de choque, os estudantes do Rio também podem dar exemplo, se aliando com os professores e trabalhadores do estado e dando uma resposta à esta crise que só afeta os trabalhadores e o povo, enquanto os políticos mantém seus privilégios e as empreiteiras continuam lucrando, e a dívida pública segue sendo paga religiosamente.




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