Enquanto aumenta o número de pessoas que morreram nas ruas de São Paulo pela falta de moradia nessa onda de frio ou então enquanto a desigualdade e a fome aumentam, a prefeitura de Ricardo Nunes (MDB) está preocupada em reforçar a instituição repressora da juventude pobre e periférica.
terça-feira 3 de agosto de 2021 | Edição do dia
Imagem: Divulgação/Secom/PMSP
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes do MDB, liberou um montante de R$ 400 mil para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) comprar fuzis e 10 carabinas. A liberação da emenda, que teve origem no deputado Delegado Palumbo (também do MDB), foi publicada no Diário Oficial da última sexta-feira (30).
A escandalosa justificativa de Nunes foi a seguinte: "para que a Guarda Civil tenha total condição de continuar dando atendimento à população de São Paulo". Para um simples conhecedor da realidade de São Paulo e o papel repressivo que cumpre a GCM tanto nas manifestações quanto diariamente na periferia, esse ’atendimento’ a que se refere Nunes, pode também ser traduzido como repressão.
Sobre a compra, a secretária municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina de Souza, além de afirmar que a compra de fuzis está garantida para a GCM pela constituição, disse que os guardas terão treinamento e as armas "só serão usadas em situações específicas” (sic).
Enquanto centenas de milhares é destinado para a instituição que massacra diariamente os trabalhadores e a população pobre, a situação de miséria na capital paulista aumenta. A cena mais gráfica da desigualdade capitalista foi a morte de pelo menos 16 pessoas em situação de rua, nas últimas semanas de onda de frio.