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TERCEIRIZAÇÃO | Reunião Nacional de trabalhadores precarizados faz campanha de fotos denunciando milhares de demissões de terceirizados das instituições de ensino

No domingo passado (02/08), trabalhadores precários de diversas categorias e de diferentes Estados do país realizam uma reunião virtual para discutir a conformação de uma rede nacional de trabalhadores precários. Dessa reunião tiram ações de solidariedade a categorias que têm sofrido ataques, como os trabalhadores terceirizados das escolas e universidades que estão sendo demitidos em massa em todo país.

segunda-feira 10 de agosto de 2020 | Edição do dia

Telemarketing, garis, trabalhadores terceirizados da limpeza, motoristas e entregadores de aplicativo, entre outras categorias de mais de 5 Estados diferentes se reuniram virtualmente no domingo passado para discutir a construção de uma rede nacional de trabalhadores precários.

O objetivo da rede é fortalecer a luta de cada uma dessas e mais categorias precárias por meio da unidade da classe trabalhadora, para que esta, pensando centralmente nos de setores precários que muitas vezes não possuem sindicatos ou quando os têm são patronais e burocráticos, tenha espaços de construção conjunta das lutas para pressionar seus sindicatos a serem realmente combativos e os tomarem em suas mãos para responder aos fortes ataques que os governos e empresários têm colocado aos trabalhadores.

Na reunião, além de serem feitas fortes denúncias sobre experiências de diversos trabalhadores relatando como a exploração, opressão e os risco de contaminação e demissões têm aumentado, também muitos falaram da importância de as diferentes categorias se apoiarem nas lutas com atos de solidariedade. Dessa forma, uma das propostas dos trabalhadores foi de iniciar uma campanha de fotos para denunciar as milhares de demissões do trabalhadores terceirizados, geralmente de setores como limpeza e nutrição, de várias escolas e universidade no país.

Com o aprofundamento da crise sanitária e econômica, chegando a mais de 100 mil mortos pela COVID-19 e mais de 13% de desemprego, nas escolas e universidades públicas, as direções e reitorias tem permitido demissões em massa nas empresas terceirizadas que contratam pois preferem jogar a crise universitária sobre os trabalhadores e estudantes e aproveitar para aumentar formas de privatização do ensino público e precarizando o trabalho. Já nas grandes redes privadas, os grandes tubarões da educação, como a Estácio e Kroton, tem demitido enquanto mante os preços das mensalidades e economizam com as instalações fechadas justamente para aumentar ainda mais seus lucros.

Aqui no Brasil, foi o negacionismo de Bolsonaro e seu governo junto com sua MP’s da Morte, aplaudidas pelos governadores da "oposição", como Doria, Witzel ou Flavio Dino, que também nada fizeram de efetivo para combater o vírus e a crise econômica, que levado os trabalhadores a ficarem espremidos entre o risco do vírus e de ir para o olho da rua, então as chefias intensificam e precarizam mais as jornadas. Não podemos também esquecer que foi nos governos do PT que as terceirização cresceram como nunca e que durante as várias lutas contra precarização e demissões que essa categoria enfrentou as grandes centrais sindicais, CUT e CBT, não organizam e fortaleciam essas lutas, assim como não fazem agora. Não basta só notas de repúdio, precisamos de unidade real na luta!

É mentira quando dizem que essa crise não pode ter uma resposta do lado dos trabalhadores. Do lado das instituições privadas vemos exemplos com a Estácio lucrando anual R$ 645 mi em 2018, 54% a mais que 2017, já a Kroton lucrou, somente no quarto trimestre, R$ 403,4 milhões. Como que estas empresas dizem que não têm como pagar os seus trabalhadores em plena pandemia, se acumulam lucros tão exorbitantes?

Do lado da instituições públicas, um dos motivos da crise financeira da Educação é que os governos priorizavam os lucros dos grandes capitalistas. Enquanto as empresas, bancos e agentes financeiros devem mais de 2 trilhões à União em geral, e os valores para dívida com os Estados estão na casa dos milhões, ainda escutamos que "não falta dinheiro" para as escolas e universidades.

Frente a estes ataques, os diversos trabalhadores que estavam na reunião para discutir a conformação de uma rede nacional de precários decidiram lançar uma campanha de fotos contra às ameaças e demissões das centenas de terceirizados de todo o país.

Nós do Esquerda Diário, junto aos vários trabalhadores precários que levantam esta campanha, convidamos todos a participar e fortalecer a luta postando uma foto com a mensagem "Nenhuma família na rua! Contra as demissões dos terceirizados". Para a conjunto da esquerda, fazemos um chamado para que construirmos em unidade está campanha nacional nos espaços onde as demissões vem e estão para ocorrer.

Aos partidos que estão à esquerda do PT como PSOL, PSTU, PCB e UP, é necessário colocar suas pré-candidaturas concretamente também pela luta dos trabalhadores terceirizados por isso os chamamos a participarem dessa campanha e a exigirem das grandes centrais sindicais, como CUT e CTB que organizem luta contra essa situação. Dessa forma podemos pela base pressionar as centrais sindicais que rompam com o seu imobilismo consciente, fazendo com que comessem a organizar e fortalecer nacionalmente esta luta pelas vidas trabalhadoras contra os lucros.




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