sexta-feira 15 de janeiro de 2016 | 00:00
Dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que entre o dia 1º e 12 de janeiro deste ano, o consumo de energia elétrica no País recuou 9,6% ante o mesmo período de 2015, somando 56.804 MW médios. Já a geração diminuiu 9,9% na mesma base de comparação, com 58.626 MW médios de energia entregues ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no período.
Ainda sobre o consumo de energia, houve redução de 8% no mercado cativo (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e 14,9% no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. Ou seja a queda é ainda mais aguda nos grandes consumidores, as indústrias que compram diretamente a energia e não via distribuidoras (CEMIG, Eletropaulo, Light, Ampla, etc).
Dentre os ramos de atividade industrial analisados pela CCEE, que considera dados dos autoprodutores, consumidores livres e especiais, houve queda nos segmentos mais significativos. As retrações foram verificadas no setor de extração de minerais metálicos (-25,3%), veículos (-22,7%), têxtil (-20,4%) e minerais não-metálicos (-19,7%).
Os dados de consumo de energia elétrica, bem como o de venda de papelão e outros materiais para embalagem são um retrato da recessão ou ativação de uma economia. Os números brasileiros apontam a profundidade da crise que estamos vivendo. Esta redução na atividade econômica está sendo usada por empresas e governos para demitir e cortar direitos dos trabalhadores.
Esquerda Diário / Agência Estado