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REFORMA POLITICA E RESTRIÇÕES NO REGIME | Restrições e impunidade: Renan defende votar junto reforma política e punições para abuso de poder

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que pretende levar à votação no dia 09/11 a primeira parte da reforma política, que visa restringir ainda mais o regime e excluir a esquerda. E ao mesmo tempo quer votar propostas que prevê punições para abuso de poder, que vão diretamente contra o judiciário e principalmente o processo da Lava Jato. Dessa forma garantir sua política golpista restringindo o regime ao mesmo tempo que preservaria a sua própria figura e dos partidos tradicionais.

quarta-feira 19 de outubro de 2016 | Edição do dia

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nessa terça-feira (18) que pretende levar à votação no dia 9 de novembro a primeira parte de uma reforma política, incluindo mudanças nas coligações partidárias e a criação de cláusulas de barreira para restringir o acesso das legendas a assentos no parlamento. Essas medidas garantiriam uma mudança completa no regime brasileiro e uma reconfiguração dos partidos, excluindo principalmente a esquerda.

A reforma política é uma resposta à crise de representatividade e do regime, buscando desviar o descontentamento popular com os principais partidos, para uma reforma que impede a expressão de idéias de esquerda. Essas eleições municipais ocorreram já em vigor algumas medidas defendidas por Cunha e sancionada por Dilma em 2015, impondo menor tempo de TV, menos tempo de processo eleitoral, excluindo a esquerda dos debates e espaços políticos. A reforma política quer aprofundar isso.

Contudo Renan, que após o golpe se consolidou como uma ala que quer uma estabilidade golpista, reconciliando o regime, entra em conflito com a Lava Jato que o coloca na mira do judiciário e traz mais instabilidade política. Como já é público, Renan desenvolveu inimizade com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelas investigações do MPF em Brasília. Janot já tentou abrir inquérito contra Renan duas vezes, o que foi negado pelo ministro do STF, Teori Zavascki. A Lava Jato, como já denunciamos no Esquerda Diário, é um processo arbitrário e repressivo que quer substituir um esquema de corrupção por outro, deixando até agora impune o PSDB que mais concilia com seus interesses políticos privatistas.

“Entendo que a oportunidade é conjugar ao mesmo tempo reforma política, combate à corrupção e lei de abuso de autoridade”.

Por isso Renan quer impor essa manobra de votar junto a reforma política e as chamadas “punições a abuso de poder”, porque esta segunda restringe os poderes da Lava-Jato, garantindo assim não só sua estabilidade, como garante uma política de mão dupla, modificar o regime contra a possibilidade de expressão política da juventude e dos trabalhadores, enquanto tenta manter os mesmos esquemas de corrupção.

“Conversei com o presidente da Câmara para que logo depois do segundo turno (das eleições municipais) nós possamos avançar na reforma política”, disse Renan. “Esse sistema político envelheceu, precisa ser substituído”, afirmou ele após confirmar a data em que pretende levar o assunto a plenário.




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