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UERJ | Resposta de sindicato de professores da UERJ a matérias no Globo

O Globo acusou a UERJ de estar em crise por aumentos salariais, a Associação dos Docentes da Universidade publicou nota rebatendo as posições do jornal da família Marinho, defensor da privatização e cobrança de mensalidade naquela universidade pública.

terça-feira 7 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Reproduzimos abaixo nota da Associação dos Docentes da UERJ, a ASDUERJ em resposta a matérias veiculadas pelo Globo e outras mídias a respeito da universidade. A nota foi publicada ontem à tarde no facebook da entidade sindical

Leia a nota completa:

É com grande indignação que a comunidade uerjiana leu, esta manhã, artigos publicados em jornais de grande circulação que trazem não apenas informações erradas como também desconsideram a grande tragédia que se abate sobre nossa universidade.

Tratar o parco investimento em educação pública, gratuita e de qualidade feito pelo governo estadual como "gasto" demonstra o desprezo de tais veículos pelo desenvolvimento científico e tecnológico de um estado cuja crise, criada e gestada por um governo cujos interesses escusos estão cada vez mais evidentes nas denúncias de corrupção que abundam, só será superada por mais investimentos em conhecimento e formação.

Causa-nos indignação especialmente que as matérias desconsiderem que o último reajuste salarial dado aos professores da UERJ foi em 2001, e que nossa defasagem salarial já supere os 100%. Ou ainda que o aumento no número de servidores se deu através de ação judicial que obrigou o estado a realizar concursos públicos para suprir a universidade de trabalhadores em substituição aos inúmeros funcionários que trabalhavam em regime de contratos temporários, situação ilegal, conforme decisão judicial.

Além disso, traz informações erradas, como, por exemplo, que os docentes teriam tido em 2014 um novo plano de carreira. O Plano de Carreira Docente foi aprovado em 2008 e implementado de forma parcelada ao longo dos anos de 2009 a 2012. Também não é verdade que o regime de Dedicação Exclusiva implantado após 2012 tenha representado aumento de 2/3 nos vencimentos dos professores da UERJ. O Percentual de 65% sobre o vencimento-base (e não sobre o total da remuneração) a que o docente passa a fazer direito para se dedicar integralmente ao ensino, à pesquisa e à extensão na UERJ, visa compensar os mesmos por não poder ter outras atividades remuneradas.

Trata-se de medida que existe há décadas nas universidades federais e só foi implantado na UERJ em 2012 após muitas lutas, mobilizações e greves docentes. E que é fundamental para a melhorar a qualidade do ensino superior, portanto, não se trata de falar em “gasto”, mas em investimentos na melhoria da educação pública.
Por fim, diz ainda que a universidade "escolheu" não começar as aulas - quando na verdade essa dolorosa e difícil decisão foi tomada porque não há nenhuma condição de funcionamento no momento, já que não há coleta de lixo nos campi, a limpeza foi reduzida pela metade, o restaurante universitário do Maracanã está fechado e servidores e estudantes encontram-se com salários e bolsas atrasados.

Tantas informações erradas e descontextualizadas, neste momento, só demonstram que os jornais em questão escolhem o lado de um governo estadual ilegítimo e atolado em denúncias de má gestão e corrupção, e não o lado da população fluminense que defende suas universidades públicas estaduais e exige que o estado devolva a verba que tomou da UERJ, da UENF e da UEZO.

Mas não permitiremos que nossas dores e dramas sejam retratadas de forma errônea, equivocada e com clara má fé! A UERJ está viva e lutando por sua sobrevivência! A UERJ Resiste! E nós resistimos com ela e por ela!




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