Segundo informes da imprensa local, o ataque do exército ocorreu após o incêndio de duas fábricas de capital chinês.
segunda-feira 15 de março de 2021 | Edição do dia
EFE/EPA/STRINGER
Neste domingo, o exército golpista de Mianmar atacou a zona industrial de Hlaing Tha Yar, um dos bairros mais populosos e com maior concentração de trabalhadores do país. A mídia local noticia pelo menos 14 mortes nesta área, que é uma das cidades-satélites da capital Yangon, além de outras 14 na própria capital. A repressão foi desencadeada depois que duas fábricas de capital chinês foram incendiadas.
A embaixada chinesa disse que muitos funcionários chineses ficaram presos e ficaram feridos após ataques incendiários realizados por agressores não identificados contra fábricas de roupas no distrito industrial de Hlaing Tha Yar e que pediu a Mianmar que proteja a propriedade e os cidadãos chineses.
🔴🔴Al menos 30 muertos en el ataque militar a la zona industrial de Hlaing Tha Yar en Myanmar. Indescriptible. Un ataque concertado contra los trabajadores de las fabricas y los sindicatos. https://t.co/e84wKaHgFr
— Josefina L. Martinez (@josefinamar14) March 14, 2021
Após o massacre, o exército declarou a lei marcial na área. Como denunciou Andrew Tillett-Sacks, ativista e sindicalista do país, em sua conta no Twitter trata-se de “um massacre dirigido aos trabalhadores e aos sindicatos” que são os que resistem ao golpe de estado.
Martial law declared in Hlaing Tha Yar industrial zone by the military. At least 30 reported killed by military today in HTY.
This is a targeted massacre of workers and unions. Simply nauseating and blood-curdling. pic.twitter.com/WeqoxVekjk
— Andrew Tillett-Saks (@AndrewTSaks) March 14, 2021
A rede de televisão Myawadday, comandada pelo exército, disse que as forças de segurança agiram depois que quatro fábricas de roupas e uma fábrica de fertilizantes foram queimadas e cerca de 2.000 pessoas impediram que caminhões de bombeiros chegassem a elas.
Desde Pekín acusan a org. anti China de incendiar fábricas de capital chino en Myanmar.
Los militares usan la "excusa" de los incendios para reprimir en #HlaingTharYar, dejando al menos 30 muertos.
Manifestantes dicen que infiltrados de las FFAA estarían detrás de los incendios https://t.co/U7kS55D6MU— Diego Sacchi (@sac_diego) March 14, 2021
As últimas mortes elevariam o número de vítimas dos protestos para mais de 100, enquanto o grupo de defesa da Associação de Assistência a Presos Políticos afirmou que até sábado, mais de 2.100 pessoas também haviam sido detidas.