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OCUPAÇÕES DE ESCOLAS EM SP | Repressão à ocupação da E.E. Sylvia Ribeiro em Marília

sexta-feira 20 de novembro de 2015 | 00:00

Hoje, 19/11, em Marília como demais cidades do estado de São Paulo, houve a ocupação de uma escola contra a "reestruturação" escolar, ou bem melhor dizendo, destruição escolar.

Logo após a abertura dos portões os alunos secundaristas se reuniram e fizeram uma assembléia decidindo coletivamente pela ocupação da escola E.E Prof Silvia Ribeiro na zona sul, contando com apoio de estudantes da Unesp e professores da rede.

Em pouco tempo a repressão policial que ja estava na porta da escola passou pra dentro, aumentando de dois policiais para quinze.

Com o consentimento da direção da escola a polícia entrou onde se concentravam os alunos que ainda tentaram barra-los trancando o portão mas sem sucesso.

Como sabemos a ação da polícia em bairros de periferia é racista e de muita violência e nesse caso não foi diferente. Com muito spray de pimenta, cassetadas e puxões pelos braços e cabelos de alunas e alunos secundaristas, os policiais retiraram todos professores da rede e alunos da Unesp (seis desses alunos foram levados pela polícia a delegacia sob pancadas e muito spray, sendo quatro deles negros) alegando que a presença destes não era permitida dentro da escola (tudo isso foi filmado pelos secundaristas).

Depois de uma hora de muita pressão, violência e tumulto causado pelos policiais e também pela diretora, que agrediu uma aluna da Unesp puxando e rasgando sua camiseta, os pais, moradores do bairro, pessoas ligadas à Apeoesp, alunos e professores da Unesp começaram a chegar indignados com a situação de violência. O braço armado do estado dobrou para mais de trinta policiais que cercaram a escola com suas viaturas impedindo e controlando a entrada e saída de pais e secundaristas, a mando da diretoria que se dizia a favor da mobilização e ocupação da escola.

Mesmo com a repressão e retirada de pessoas do movimento, os secundaristas do Sylvia Ribeiro continuam firmes e fortes contra o ataque do governador Geraldo Alckimin, que fecha escolas e ataca nossa juventude de forma brutal através do desemprego e violência racista por parte dos capitães do mato.

Sendo a primeira escola ocupada na cidade, o Sylvia Ribeiro é uma escola de luta, que resiste e continuará ocupada para barrar a reestruturação e mostrar a força de nossa juventude.




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