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SP: PROFESSORES MUNICIPAIS | Construir o 8 e o 14 de março e organizar a luta, fechando nossas escolas na Greve Geral da Educação dia 18/03 contra os ataques e o autoritarismo de Bolsonaro.

A primeira reunião de representantes de escola do SINPEEM aprovou uma Assembleia da categoria com Paralisação no dia 18/03, às 14h em frente na Prefeitura, além da participação dos professores e trabalhadores da educação na Greve Geral da Educação Pública e dos servidores que se unificarão às 15h na Av. Paulista, no vão do MASP e também que o SINPEEM convoque os atos dos dias 8 e 14 de março, do Dia Internacional de Lutas das Mulheres e por Justiça para Marielle. O Movimento Nossa Classe Educação também esteve presente levando nossas propostas para a categoria, leia na íntegra um informe dos principais pontos da reunião e acompanhe nossa intervenção:

sábado 7 de março de 2020 | Edição do dia

Nessa quinta-feira, 5, aconteceu a primeira reunião de representantes de escola do SINPEEM do ano onde estiveram presentes mais de 2mil professores e trabalhadores da educação, uma das pautas debatidas foi o PDE que informou a diretoria será pago em março e as previsões de chamadas do último concurso para ATE e Coordenador, que só poderão ser realizadas ainda em 2020 caso os concursos sejam homologados até dia 4 de abril por conta das eleições. Também foi aprovada mediante da reivindicação de todos os setores da oposição que intervieram uma Assembleia da categoria com Paralisação no dia 18/03, às 14h em frente na Prefeitura, além da participação dos professores e trabalhadores da educação na Greve Geral da Educação Pública e dos servidores que se unificarão às 15h na Av. Paulista, no vão do MASP.

Veja o chamado do Movimento Nossa Classe Educação à construção dos atos de 8 de Março - Dia Internacional de Luta das Mulheres e 14 de Março quando fazem dois anos da morte da vereadora Marielle Franco e Anderson, chamando também à Greve Geral da Educação nesse #18M e à paralisação de nossa categoria que precisa estar em peso na Assembleia para definir os rumos de nossas mobilizações frente aos inúmeros ataques que sofremos dos governos de Covas, Bolsonaro e Doria – que inclusive aprovou a Reforma da Previdência estadual no início dessa semana sob o derramamento de sangue dos professores estaduais com os quais nos solidarizamos enormemente, para além de cobrar da direção do SINPEEM a separação que fazem da luta dos estaduais e municipais ainda mais à luz de um ataque que também incorporará o funcionalismo municipal:

Contra a ilusão de qualquer frente ampla, inclusive com os setores que se propõem a articular ataques contra nossos direitos como é o DEM de Rodrigo Maia, como fazem as direções reformistas do PT e do PCdoB levando à frente um projeto de unidade sem critérios - inclusive porque eles mesmos assinam com suas canetas e sob a repressão dos trabalhadores ataques contra os nossos direitos, como fazem agora com a aprovação da Reforma da Previdência onde são governo no Nordeste. Por isso defendemos uma verdadeira frente única operaria que fomente a auto-organização de base, apoiada no grande exemplo de busca pela aliança pela população que deram os trabalhadores petroleiros em sua forte greve que questionaram inclusive os interesses de Guedes e Bolsonaro e só não venceram pela debilidade estratégica de suas direções - FUP e CUT.

Aliás, frente ao Fora Bolsonaro, levantado inclusive por setores que também constroem a oposição no SINPEEM, estamos do lado de todos os trabalhadores e setores oprimidos que legitimamente questionam esse governo que é fruto do golpe institucional e das eleições mais manipuladas da história, no entanto o fazemos sem depositar nenhum confiança de que o mesmo Congresso e Judiciário que viabilizaram o golpe em nosso país podem defender nossos interesses contra Bolsonaro, inclusive porque se sai Bolsonaro fica Mourão, um militar que vai seguir os planos do golpe institucional fortalecendo ainda mais a reacionária ala militar que ganha cada vez mais força no governo e que também não nos representa enquanto categoria e classe. Exatamente por isso, para nós o Fora Bolsonaro só pode ser consequentemente levantado se ligado à um programa de Assembleia Constituinte Livre e Soberana que transfira aos trabalhadores e trabalhadoras de nosso país suas vozes e o direito de decidir sobre seu futuro.

“Ninguém cala ninguém” pedem as educadoras no RE

Apesar de um novo ano, o R.E. ocorreu ainda com as velhas práticas burocráticas do presidente do SINPEEM Claudio Fonseca, já que mais uma vez os representantes democraticamente eleitos tiveram apenas 1 minuto para defender suas propostas frente ao plenário - o que inviabiliza um debate real acerca das lutas e demandas da categoria. De forma escandalosa (e como acontece há anos), passado esse tempo de fala o microfone de quem quer seja é desligado de forma autoritária e inclusive opressora, porque a grande maioria dessa categoria são mulheres que já sofrem o machismo todos os dias e inclusive nos locais de trabalho, e que dentro de sua própria entidade sindical são silenciadas também por Claudio Fonseca, que fala durante horas em todos os espaços da categoria, dos REs aos Congressos ou Assembleias e até nos cursos oferecidos pelo sindicato, uma prática que escancara o abismo que existe entre a prática da presidência do SINPEEM e uma verdadeira democracia de base, operária, que só pode existir se for arrancada pelos educadores organizados para que mais nenhuma professora ou trabalhadora tenham suas vozes cessadas nos espaços da categoria.

Várias professoras e trabalhadoras da educação realizaram uma manifestação durante a reunião convidando todas e todos a participarem do ato que vai acontecer no dia 08/03, as 13h, na Av. Paulista, no dia internacional de luta das mulheres, um ato que tem como mote " Mulheres contra Bolsonaro e as reformas". E além da participação no 8M, também foi reivindicado o chamado do sindicato à participação da categoria no ato que ocorrerá dia 14/03, quando fazem 2 anos da morte da Vereadora Marielle Franco e Anderson.

Os dizeres “NÃO NOS CALEM! NINGUÉM CALA NINGUÉM” levantados na frente do plenário pelas educadores serve para toda opressão machista que atravessa a vida das mulheres de nossa categoria, mas também cai como uma luva para contestar as medidas autoritárias desse governo misógino que avança contra nossos direitos democráticos também, e para o próprio Claúdio Fonseca que silencia as mulheres nos espaços da entidade, apesar de fazer demagogia com nossas demandas quando lhe é oportuno.




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