×

AGENDA BRASIL | Renan anunciará cronograma dos ataques que discutiu com Temer, Lula e Dilma

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que na próxima segunda-feira (17) vai apresentar um cronograma detalhado com as propostas convergentes da chamada Agenda Brasil. Esta agenda foi saudada por Dilma e conta com o apoio de Lula.

sexta-feira 14 de agosto de 2015 | 22:48

Em rápida entrevista concedida à imprensa ao chegar ao Senado na manhã desta quinta-feira (13), ele também disse que o Plenário deve votar na próxima terça-feira (18) o último projeto do ajuste fiscal que aguarda deliberação dos senadores: o PLC 57/2015, que revê a política de desoneração da folha de pagamento e aumenta as alíquotas sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia.

Consensos e acordos em torno dos ajustes

Depois de uma semana muito ativa de negociações nos gabinetes, almoços de caciques e da emblemática declaração do vice-presidente Michel Temer em apelo à “unidade nacional”, as principais representações da indústria nacional como FIESP e FIRJAN, bem como os principais editoriais jornalísticos do país como O Globo, O Estado de São Paulo e até o diretor do Bradesco se pronunciaram em favor do apelo de Temer no sentido de garantir a estabilidade política, controlar os conflitos gerados pela oposição e manter a “ordem nacional” aprofundando os ajustes. Esta em negociação até o fim da gratuidade do SUS.

Em torno da Agenda Brasil de Renan Calheiros, que agora o Congresso quer mostrar sua “eficiência”, encaminhando seu debate e votação rapidamente. Neste acordo suprapartidário o PT mais uma vez se mostra agente ativo dos ataques contra os trabalhadores, desta vez, no entanto, dividindo o protagonismo de carrasco com o PMDB na figura de Michel Temer e Renan Calheiros.

Com estes acordos sendo costurados, Eduardo Cunha encontra-se mais questionado e ainda tem como agravante o desgaste pela Operação Lava-Jato. Ao contrário das especulações de semanas atrás se ele seria ou não uma agente seguro para um impeachment, hoje todos debates não giram mais em torno desta hipótese, mas sim dos acordos de “governabilidade”, “estabilidade”. Para as grandes patronais, pelo menos neste momento, mais vale negociar ataques e salvar a legitimidade de um governo débil do que deixar a imagem do estado suja pelas mãos de “aventureiros” como Cunha que ainda por cima tem votado medidas que contradizem o “ajuste”.

Nenhuma destas estabilidades negociadas no Planalto, Congresso, e entidades patronais, favorece aos trabalhadores, pois seu custo cai sobre nossas costas. Aos trabalhadores e a juventude cabe mais que nunca, questionar todo o regime no qual essas figuras são executoras dos ataques e construir uma alternativa independente na luta de classes. Uma alternativa que diga nas ruas, nem com a direita no dia 16, nem com o governo dia 20, se organizando para parar os carrascos de um lado e do outro.

Agência Senado /Esquerda Diário




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias