Relato de Patrícia, mãe de um estudante de uma escola que foi ocupada contra a reorganização escolar.
quinta-feira 26 de novembro de 2015 | 02:29
A Escola Estadual Pequeno Cotolengo Don Orione é um caso diferenciado se comparado às demais escolas que estão nesse programa de fechamento promovido pelo estado de São Paulo. Como ela fica dentro de uma instituição beneficente que cuida de pessoas especiais foi estruturada para receber e tratar com maior cuidado e atenção a esse tipo de aluno específico.
Hoje são cerca de 70 alunos com necessidades especiais (surdos, paralisia cerebral, cegos, entre outros) – desses 10 são moradores da instituição de ensino localizada em prédio vizinho.
Como a escola atende a alunos especiais o seu programa de ensino também está estruturado pensando nesses casos – com professores tradutores de libras e atenção diferenciada para aqueles com dificuldades motoras e especiais e há uma perfeita harmonia entre alunos normais e especiais.
O argumento usado pelo Estado para o fechamento da EE Pequeno Cotolengo é que trata-se de um prédio (estrutura) alugado junto à instituição (Cotolengo Don Orione). Segundo a administração da instituição o Estado paga um aluguel mensal de R$ 23 (vinte e três mil reais) com custos de manutenção predial a cargo do locatário que recentemente fez reformas estruturais e que construiu uma nova quadra para os alunos acreditando que o acordo e o contrato e entre Estado e Instituição fosse mantido.
Segundo a secretária de de ensino os alunos e professores serão remanejados para a EE Ary Bouzan – aonde mal começaram as obras para a construção de cinco salas de aulas para atender essa nova turma; o maior problema para os alunos especiais encontra-se na dificuldade de locomoção destes para a escola., sendo que não há transporte público que passe na porta da escola.
Os pais dos alunos especiais, neste momento mostram-se completamente desconsolados e perdidos. A estrutura e os cuidados da EE Pequeno Cotolengo muito dificilmente se repetirão em outra escola, e com isso temem pelo futuro e como será o acolhimento e o aprendizado dos seus filhos.
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