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REFORMA TRABALHISTA | Reforma Trabalhista vai reduzir salários de trabalhadores formais

Sob o argumento do aumento de empregos é que a reforma trabalhista foi defendida e aprovada, questão que sempre denunciávamos no Esquerda Diario como falácia, mas além disso ela significará diminuição dos salários pagos nos trabalhos formais, e assim rebaixará o salário de toda a classe trabalhadora.

segunda-feira 25 de setembro de 2017 | Edição do dia

Essa foi a conclusão da economista, metroviária de São Paulo e militante do coletivo Nossa Classe, Daphnae Helena no texto “A anatomia da classe trabalhadora brasileira” que é parte da segunda edição da Revista Ideias de Esquerda, segundo ela:

“A consolidação das leis trabalhistas (CLT) e o regime de trabalho estatutário rege, ao menos formalmente, metade das relações de trabalho da força de trabalho no país. Este é o setor que a reforma trabalhista visa atacar de início, no entanto não há dúvidas de que seu impacto levará a precarizar ainda mais as condições de trabalho de toda a classe trabalhadora”.

Em seu artigo também podemos ver como houve um aumento de 45% do trabalho formal nos últimos 15 anos, mas esse aumento foi acompanhado da precarização do trabalho, já que a maioria dos empregos gerados foram de baixos salários e houve uma explosão da terceirização, esse processo também fragiliza os trabalhadores, fazendo com que nos momentos de crise haja demissões em massa, como após 2014, com 1 milhão de trabalhadores a menos no trabalho formal.

Ronaldo Fleury, Procurador Geral do Trabalho, em entrevista ao portal R7, disse que o que deve ocorrer com a aprovação da reforma trabalhista, é uma diminuição do próprio trabalho formal e dos salários dos trabalhadores empregados, ele compara a reforma aqui com a reforma trabalhista espanhola, que acarretou numa perda salarial enorme pra classe trabalhadora e aumento dos trabalhos informais, sem garantia nenhuma de direitos.

Essa diminuição de salários ocorrerá, porque segundo ele a reforma aprofunda a relação falsa entre pessoas jurídicas, mas que na verdade são pessoas físicas, fazendo com que por exemplo uma empregada doméstica seja contratada como uma microempresa, e não há nenhuma regulamentação dessa relação, podendo inclusive significar salário abaixo do salário mínimo.

Os países que já passaram por reformas trabalhistas como essa dão o exemplo dos impactos para a vida dos trabalhadores e da população em geral, como no caso da Espanha, além disso até mesmo o os minutos do cafézinho serão descontados da jornada de trabalho, aumentando assim a exploração capitalista. Está mais do que claro que essa reforma não irá aumentar nenhum emprego, irá precarizar e diminuir salários e empregos, impactando com isso os que mais sofrem como a miséria capitalista, mulheres, negros e lgbts.




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