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Reflexões e angústias de um professor no seu dia

Professores expressam suas angústias e refletem sobre seu papel no dia dedicado aos docentes. Dentre estes, o professor Osvair Morgan do Cristóvão de Mendoza, escola de ocupação vitoriosa, símbolo de luta em Caxias do Sul, fala da luta e da situação de silêncio absurdo ao qual os professores se encontram não só no setor público. É Indispensável conversar sobre os ataques e problemas relacionados à educação e a cada ambiente de trabalho.

domingo 16 de outubro de 2016 | Edição do dia

Indagações ou indignações.

Ao comemorarmos o dia do professor, várias reflexões nos vem a mente. Sou professor da rede pública e também do sistema privado. No geral temos problemas e virtudes nos dois setores, cada um em sua proporção. O que incomoda é que está sendo criada uma mentalidade onde os professores Estaduais, são vistos como os responsáveis pela ineficiência da educação em nosso país.

Por que digo isso? Já ouvi vários políticos, principalmente ligados ao atual grupo que está no governo, que os “professores tem regalias”. No início é visto como uma forma de calar os professores nas suas pautas de melhores salários, condições de trabalho, material e equipamentos adequados. Mas, ai surgem pessoas que a princípio não tem uma ligação direta com o governo e também dizem que os professores tem “muitas regalias” e citam a estabilidade e férias. Foi o caso do presidente da CIC Caxias do sul, recentemente.

As indagações que surgem são: o que leva essas pessoas a olharem para o trabalho do professor desta forma? Será que os professores em sua rotina de ministrar aulas, preparar e planejar, corrigir, não deveriam ter descanso ou férias? Será que os professores do setor público teriam que ficar a mercê dos dirigentes da educação, que em muitos casos nem são dá área, (secretário estadual de educação-RS), sendo calados em suas reivindicações com ameaças de exoneração? Teriam que abrir mão de vários estudos que mostram o efeito negativo, de uma exposição contínua a ambientes extremamente estressantes, como é a sala de aula, para a saúde física e mental?

Pior é que não se vê a classe dos professores debatendo esses assuntos. Ouve-se várias reclamações, mas, poucas ações. Talvez, muitos professores tenham aceitado essa situação toda como normal. Que não existe como mudar. Diante de tudo isso, fica a pergunta: que tipo de educação esse ambiente vai proporcionar? Ou, até quando e onde os professores vão sofrer calados diante de tudo isso? Coragem e força a todos os professores interessados em qualificar a educação desta nação."




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