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INFLAÇÃO | Recusa por Bolsonaro de combater aumento de preços faz aluguel disparar em setembro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel em todo o país, registrou inflação de 4,34% em setembro deste ano, taxa superior aos 2,74% de agosto. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com o resultado o indicador acumula 14,40% no ano e 17,94% em 12 meses.

terça-feira 29 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

A alta de agosto para setembro foi puxada pelos três subíndices que compõem o IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado e responde por 60% do índice geral , passou de 3,74% em agosto para 5,92% em setembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,98% para 5,99%, no mesmo período. A alta das Matérias-Primas Brutas chegou a 10,23% em setembro, de 6,93% no mês anterior.

O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,48% em agosto para 0,64% em setembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção passou de 0,82% em agosto para 1,15% em setembro.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral utilizado no reajuste de aluguéis e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 5,92% no mês, depois de subir 3,74% em agosto.

Diante desses dados, em razão da estreita relação entre os preços dos alimentos e o índice utilizado no reajuste de aluguéis, torna-se claro que a recente declaração de Bolsonaro de que não faria “nada para combater o aumentos de preços” atende também os interesses dos grandes fundos imobiliários que vivem de especular com a propriedade da terra nas capitais e municípios do interior do Brasil. Somente uma reorganização profunda das cidades e uma planificação do solo urbano a partir de um processo de mobilização independente da classe trabalhadora e de acordo com as necessidades da população e não do lucro se enfrentaria com esses grandes conglomerados capitalistas que mandam e desmandam nas grandes metrópoles do país

Veja também: Que reforma urbana defendemos para São Paulo?




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