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CONTRA A PRIVATIZAÇÃO | Realizado o 1º ato contra a privatização da Linha 5 do Metrô de SP

Mais de 150 pessoas participaram na última terça-feira (01/09) à noite na estação Capão Redondo do primeiro ato contra a privatização da Linha 5 do Metrô de SP, convocado pelo Comitê contra a Privatização.

quinta-feira 3 de setembro de 2015 | 03:42

Mais de 150 pessoas participaram na última terça-feira (01/09) à noite na estação Capão Redondo do primeiro ato contra a privatização da Linha 5 do Metrô de SP, convocado pelo Comitê contra a Privatização. Mesmo a fina garoa e a temperatura abaixo dos 20 graus, não impediram que os manifestantes fizessem o uso da palavra e deixassem claro o recado à população e aos trabalhadores que ali passavam no momento: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA LINHA 5!

Marília Rocha, operadora de trem da Linha 3 e demitida política na greve da categoria em 2014, falou em nome do grupo de mulheres Pão e Rosas e ressaltou que “a privatização também significa maior precarização do transporte e por isso significa mais assédio às mulheres dentro do transporte público, significa piora dos serviços para atender as mulheres que são vítimas de violência e assédio dentro do transporte público.”

Narciso, operador de trem da linha 5 e diretor do Sindicato dos Metroviários de SP, salientou que “essa privatização, na verdade, é não levar a promessa do governo de levar o Metrô até o ‘fundão’ do Capão Redondo, até o Jardim Ângela e toda a região que sofre diariamente com ônibus superlotado, há 15 anos esperando essa linha ficar pronta.”

Felipe Guarnieri, metroviário e delegado sindical da Estação Santa Cruz disse que "em resposta ao caos do transporte público o nosso governador Geraldo Alckmin anunciou recentemente esse ataque da privatização da linha 5 do Metrô, que é parte de um projeto mais de conjunto de privatização de toda linha estatal do Metrô de São Paulo. Ele faz esse ataque colocando como desculpa a modernização do Metrô, mas a gente tem que perguntar: o que há de moderno de tirar o nosso dinheiro, dos nossos impostos, e colocar na mão das empreiteiras? O que há de moderno nisso? Não tem nada de moderno. Esse é o atraso que vigora nesse país desde muito tempo, é o que dá pro rico e pro patrão cada vez mais lucro e para o pobre, para o trabalhador, o prejuízo da conta!". O metroviário disse que também no cenário nacional estão em curso ajustes aos trabalhadores "Ficam falando de um golpe da direita, mas o que está em jogo é a governabilidade para aplicar os ajustes aos trabalhadores". E finalizou afirmando "A saída para lutar por um Metrô estatal é a mesma saída que temos que lutar para os trabalhadores: independência política dos trabalhadores e aliança com a população."

Altino Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários de SP, agradeceu o apoio dos moradores da região, os moradores das ocupações que compuseram o ato como o “Nós da Sul”, “Ocupação Plínio Resiste” e alguns integrantes do MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto), além de agradecer o apoio dos partidos e organizações de esquerda que compareceram. Altino frisou a importância de se estar junto nesse momento: “cada vez que tem um ataque a um trabalhador, a uma trabalhadora, a uma organização, essa solidariedade de classe dos trabalhadores e do povo mais oprimido é necessária. Quando tem uma ocupação de terra e a tropa de choque vem tentar desocupar quem está na ocupação, é uma obrigação nossa de ajudar os companheiros a resistir, a garantir sua moradia”. E finalizou dizendo que “nós vamos resistir, nós vamos lutar e nós vamos chamar a população pra se sublevar e não permitir a entrega do patrimônio público”.

Marilia Lacerda, trabalhadora do Hospital Universitário da USP e membro do Conselho de Delegados de Base do SINTUSP (Sindicato dos trabalhadores da USP), foi ao ato saudar a iniciativa e dizer que “ano passado os trabalhadores da USP enfrentaram uma dura greve contra a privatização do HU que a Reitoria queria implementar. Mas por trás da Reitoria estava o governador Alckmin, o mesmo que quer privatizar o Metrô.” E completou reafirmando que “hoje eu estou aqui pra saudar, mas pra dizer também que a gente tem que travar essa luta juntos porque somente unidos, a classe trabalhadora e os usuários, podem dar uma saída de fundo e barrar esse processo de privatização tanto no HU quanto no Metrô.”




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