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CORONAVÍRUS | RJ tem superlotação de hospitais com espera por UTI, macas improvisadas e médicos sem salário

O estado vive colapso na saúde com a pandemia da Covid-19 que vem se agravando nas últimas semanas. Já são quase 500 pessoas esperando por vaga em hospital, incluindo casos graves. Enquanto isso, médicos e demais profissionais da saúde têm salário atrasado.

quarta-feira 9 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Agência O Globo

O estado do Rio de Janeiro chega no mês de dezembro com colapso na saúde, com hospitais lotados recebendo número maior do que a capacidade prevista e permitida, com pacientes em caso grave de Covid-19 chegando nas unidades de saúde básica e não tendo atendimento necessário e adequado, esperando em cadeiras ou macas improvisadas perto do chão em diversas unidades de saúde.

Essa situação calamitosa expressa a profunda crise na saúde estadual e municipal que o Rio de Janeiro atravessa já há anos e agora com a pandemia se aprofundou, tendo como consequência milhares de mortes pelo novo coronavírus da população e dos profissionais de saúde que seguem na linha de frente salvando vidas, mas que sofrem com más condições, sem equipamentos, com salários atrasados e sem auxílios como transporte e alimentação.

De acordo com depoimentos de cidadãos, reportagens de mídias, declarações de profissionais da saúde e com o sistema Censo Hospitalar do SUS, há unidades hospitalares que estão com leitos de UTI fechados por conta de falta de médicos, como é o caso do Hospital Federal do Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro.

A fila por espera de leito e atendimento já chega quase em 500 pessoas, sendo que metade destas necessitam vaga na terapia intensiva (UTI).

A resposta dos governos estadual e municipal é prometer abertura de novos leitos. Está prevista abertura de mais 300 vagas (130 na rede estadual e 170 na municipal) nas próximas duas semanas, usando leitos que já existem, mas que hoje estão bloqueados por falta de profissionais.

Os governos do Rio de Janeiro já declararam que não veem necessidade de fechar e suspender atividades e serviços como no início da pandemia, somente fecharam as escolas municipais que estavam já com baixa adesão e decidiram manter os shoppings abertos por 24 horas a fim de conter aglomeração nas compras de natal.

Alegam que a testagem, fiscalização a eventos e abertura de vagas em hospitais já seria suficiente para conter a pandemia, declaração que a realidade, pelo menos por enquanto, ainda não confirmou ser verdadeira, visto que a superlotação nos hospitais só cresce e a testagem em massa não é devidamente realizada.




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