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ÁVIDOS PARA APROVAR OS ATAQUES | Querem a reforma trabalhista com ou sem Temer: relator apresenta parecer hoje

Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, anunciou que irá emitir seu parecer favorável à reforma nessa terça, 22.

segunda-feira 22 de maio de 2017 | Edição do dia

A declaração mostra o desespero dos parlamentares para aprovar os ataques a todo custo e o mais rápido possível, independente do destino do governo Temer. Na semana passada, após vir à tona a delação de Wesley Batista, Ferraço chegou a declarar suspenso o calendário de tramitação da reforma.

Contudo, declarou hoje a retomada, dizendo que o Congresso não pode deixar de trabalhar por causa da crise do governo" que, na avaliação dele, "é gravíssima". O projeto, que já foi aprovado na Câmara, seguirá para aprovação do executivo após tramitação no Senado.

"São vários os ajustes que nós estaremos fazendo nesse projeto. E a estratégia que estamos adotando para que a gente não perca tempo com o projeto é que esses ajustes poderão ser feitos com veto presidencial e poderão ser complementados com edição de medida provisória", afirmou Ferraço, mostrando o grande acordo entre os parlamentares para atacar nossos direitos o mais rápido possível.

O presidente da CAE, comissão onde será apresentado o relatório de Ferraço amanhã, é o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, que assumiu após os escândalos envolvendo Aévio Neves. Os senadores devem ter uma semana para ler o relatório e aprová-los, e seguirá para outras duas comissões, a de Constituição e Justiça (CCJ), onde o relator será o braço direito de Temer, Romero Jucá, e pela Comissão de Assuntos Sociais, onde será mais uma vez Ferraço que emitirá um parecer favorável como relator. Ou seja, é evidentemente um jogo de cartas marcadas entre os golpistas para fazerem os trabalhadores pagarem pela crise o quanto antes. A tramitação no Senado é uma mera formalidade, tanto que nem o escândalo de Temer abala o ritmo de votação.

Para barrar a aprovação das reformas, só mesmo com a organização dos trabalhadores, construindo nossos comitês de base e exigindo das centrais sindicais que estejam na luta. Só com uma greve geral organizada por nós é que poderemos não apenas derrubar o apodrecido governo Temer, mas barrar as reformas que os patrões e seus políticos querem aprovar a todo custo. Temos que impor uma Assembleia Constituinte para revogar todos os ataques e debatermos os rumos do país.




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