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IMIGRANTES VENEZUELANOS | Protestos em Roraima contra entrada de venezuelanos é fruto da xenofobia pregada por Bolsonaro

Essa segunda-feira, 10, foi registrado o quarto dia seguido de protestos de moradores da cidade de Pacaraima, no norte do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela, contra a entrada de imigrantes.

quarta-feira 12 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

Essa segunda-feira, 10, foi registrado o quarto dia seguido de protestos de moradores da cidade de Pacaraima, no norte do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela, contra a entrada de imigrantes. O ministro Sergio Moro e o vice-presidente gen. Hamilton Mourão se dirigem até o local. Os protestos se espelham nos discursos racistas e xenófobos de Bolsonaro que culpam os imigrantes pelo desemprego e piora nas condições de vida da população.

Os moradores expulsaram venezuelanos da área comercial da cidade, forçando lojistas a fecharem o comércio, como também bloquearam os três pontos de acesso à Pacaraima para impedir a entrada de imigrantes na região. São cerca de 500 venezuelanos que entram por dia no Brasil.

Os vídeos dos protestos são chocantes pela agressividade da população contra aqueles que sofrem das mesmas mazelas desse sistema de exploração no seu país vizinho. Esse novo pico xenófobo contra os imigrantes venezuelanos é de responsabilidade integral da política do governo Bolsonaro, alinhada à linha de Donald Trump, de culpar os imigrantes como responsáveis pelas mazelas sociais que vivem as pessoas de Pacaraima.

Essa responsabilização dos imigrantes por parte de Bolsonaro é um discurso imundo e cretino, frente ao aprofundamento de uma agenda que desconta a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre no Brasil, como a aprovação da Reforma da Previdência no final de 2019.

O desemprego é alentado pelo seu governo, que busca autorizar os patrões nacionais e imperialistas a demitirem a seu bel prazer, aumentando os postos de trabalho terceirizados, intermitentes, por contratados e diversas outras formas que flexibilização do direito ao trabalho. Vemos isso nitidamente pelo trato do governo, aliado ao autoritarismo judiciário herdeiro da Lava-Jato de Sergio Moro, de demitir mais de 1000 trabalhadores da Petrobrás no Paraná, sendo 600 deles terceirizados, cujas famílias estão sendo completamente descartadas para o poço de miséria.

Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP, declarou seu repúdio a essa política de Bolsonaro em solidariedade ao povo venezuelano, denunciando a política dos capitalistas de colocar povos explorados a se enfrentarem pela situação de miséria que a burguesia brasileira e o imperialismo, assim como o governo venezuelano, criaram para que paguemos pela sua própria crise.

Nós do Esquerda Diário expressamos nossa integra solidariedade aos imigrantes venezuelanos, que fogem do seu país pela política pela crise econômica descarregada pelo governo de Maduro nas costas dos trabalhadores, que vivem uma situação a cada dia mais dramática. SOMOS TODOS IMIGRANTES!

Ao mesmo tempo, não compactuamos com a política imperialista de Donald Trump, aliada a tentativa de golpe com Juan Guaidó, apoiado nas forças armadas, de violar a soberania do povo pobre e trabalhador naquele país de decidir por si mesmos como superar essa situação. Donald Trump não é alternativa para dos trabalhadores venezuelanos, pois tem apenas o interesse de se apropriar do petróleo e implementar maiores ataques e aprofundar sua situação de miséria.




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