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Educação em luta | Professores de MG começam greve pelo pagamento do piso e contra o regime de recuperação fiscal de Zema

Em assembleia lotada na praça da assembleia legislativa de Minas Gerais, os trabalhadores da educação do estado de Minas Gerais aprovaram greve.

quarta-feira 9 de março de 2022 | Edição do dia

Em pleno dia internacional da mulher (8 de março) a praça da assembleia legislativa de Minas Gerais estava lotada de trabalhadoras e trabalhadores da educação da região metropolitana de BH e de caravanas de centenas de municípios de todo o Estado de Minas Gerais. Houveram diversas falas de professoras que expressaram a força dessa categoria majoritariamente feminina e negra que são parte da linha de frente contra governos reacionários como Zema, Bolsonaro e Mourão.

A assembleia aprovou greve a partir de hoje (9) e as principais demandas são pela garantia do comprimento da Constituição do Estado que garante o pagamento do piso salarial integral para todas as carreiras da educação. Além disso, os professores são contrários ao Regime de Recuperação Fiscal do governo Zema, que congela salários e contratações por até 9 anos e amplia as privatizações das empresas públicas. E aprovou o seguinte calendário:

Calendário:

  • Dia 9, 10, 14 e 15: visitas às escolas e comando de greve
  • Dia 11: ato nas portas das superintendências.
  • Dia 16: nova assembleia dos professores em BH e construção de um ato para o dia 17 na Cidade Administrativa.

Durante a assembleia os professores fizeram um forte rechaço a uma faixa bolsonarista que foi pendurada pelo gabinete de um dos deputados direitistas. Os professores mostraram que não vão aceitar nenhuma forma de provocação contra quem lutou na linha de frente contra o golpe institucional em 2016, contra todos os ataques e reformas reacionárias do governo Bolsonaro e Mourão. A assembleia também votou a unificação de todas as professoras e professores na manifestação do 8 de março que aconteceu logo depois.

Veja a fala da professora Flávia Valle, fazendo uma saudação a todas as mulheres trabalhadoras que são parte da linha de frente para derrotar Bolsonaro Mourão e Damares nas ruas:

Veja aqui as propostas do Movimento Nossa Classe Educação defendidas na assembleia:

"Defendemos um comando de greve estadual, com professores eleitos nas escolas para compor um organismo de luta democrático e pela base, com o sindicato dando todo suporte para sua efetivação. Exemplo que poderia começar na região metropolitana de Belo Horizonte e ser generalizado para outras regiões do Estado."

"Defendemos a deflagração de uma greve nacional da educação a partir do dia 16 deste mês, data de mobilizações nacionais chamada pela CNTE, e exigimos da CUT a construção efetiva dessa greve, que seja organizada pela base, para enfrentar os ataques dos governos e das prefeituras e conquistar o piso que é direito dos trabalhadores da educação."

"Defendemos em conjunto com os companheiros do PSTU um ato que unifique os servidores estadualmente levando as demandas dos trabalhadores da saude, metroviarios e educação. Ao mesmo tempo, nossas manifestações precisam manter completa independência em relação aos atos e paralisações da polícia e da segurança pública, pois não podemos ter ilusões de que as polícias possam ser nossas aliadas. Pelo contrário, são mobilizações que além de tomar a educação como inimiga, caso tenham suas demandas atendidas significarão melhores condições de repressão contra os trabalhadores e a população."




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