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PARTIDO JUDICIÁRIO | Procurador da Lava Jato admite os interesses políticos por trás das investigações

Às vésperas das eleições da Procuradoria Geral da República, procuradores promovem discurso falso de “neutralidade” do Ministério Público Federal e da Lava-Jato, além de explicitar que seus objetivos não são de combate a corrupção, mas de agir como árbitro da política nacional.

sexta-feira 19 de maio de 2017 | Edição do dia

Já “desenhemos” com maior profundidade neste artigo o que revelam os privilégios inegáveis da casta judiciária sobre o caráter nada imparcial ou neutro do Judiciário, portanto da Lava-Jato e seu falso discurso de combater a corrupção.

Confira a publicação de um procurador do MPF sobre o papel das invetigações:

Não é possível que essa instituição possa representar alguma confiança para o combate a corrupção, de modo frente ao escândalo nacional que foram as delações da JBS, tenha dado completa imunidade a Joesley e Wesley Batista, presidentes da empresa, cuja única sanção, uma multa, pode ser paga pelos irmãos com dinheiro do troco que receberam com a compra de dólar que fizeram logo após delatarem, sabendo da repercussão que traria para a economia, enquanto andam livres e soltos pelas ruas de Nova York.

Ao mesmo tempo, Aécio Neves que teve que renunciar à presidência do partido por conta do escândalo dos vídeos que mostram enfaticamente o tucano recebendo dinheiro de propina, não foi preso, mas foi liberado por decisão (única e exclusiva) de Fachin. Evidente seletividade nas punições somada a uma decisão de tipo monocrática revela que o Judiciário pensa muito bem antes de tomar as suas decisões. Pensa politicamente. Pensa como se fosse partido.

“Enquanto não mudarmos a política e as leis processuais e penais, viveremos uma crise atrás da outra. Precisamos acreditar que é possível mudar”

Mudar a política é o mote dos procuradores do Ministério Público Federal e que revela seus interesses de atuar como um verdadeiro partido, eleito por ninguém, para promover o alcance do seu poder na política nacional, utilizando das delações, vazamentos, prisões, da maneira que convém a esse seu objetivo político: potencializar o seu autoritarismo perante uma situação de crise política no país, de modo a comandar o jogo político de maneira arbitrária.

É nesse sentido que o Esquerda Diário vem dizendo que a queda de Temer não pode ficar nas mãos dessa instituição, pois a fortalece enquanto árbitro da política nacional e seus poderes autoritários que sempre pesam mais sobre os trabalhadores e suas lutas, em especial à juventude negra nas periferias e à política de encarceramento em massa. É preciso que os trabalhadores e a juventude derrubem Temer com as suas mãos, organizando desde comitês em cada local de trabalho e estudo uma nova greve geral, que tem caráter urgente, de modo que as centrais sindicais devem marca-la o quanto antes, para que possamos derrubar Temer e as reformas contra os nossos direitos. Nesse momento, a greve geral tem que servir para chamar eleições de delegados para uma nova Constituinte no país, para que os trabalhadores decidam sobre a política do país, acabando com privilégios e arbitrariedades do Judiciário e com a retirada de direitos de todos os governos desde a Constituinte de 88.




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