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PRIVATIZAÇÃO ELETROBRÁS | Privatização só interessa aos patrões! Por uma Eletrobras estatal controlada pelos trabalhadores

O Senado aprovou por 42 votos a 37 nesta quinta-feira, 17, MP que permite a privatização da Eletrobras, responsável pela transmissão e geração de energia. A privatização só interessa aos empresários, por isso devemos defender uma Eletrobrás 100% estatal e controlada pelos trabalhadores.

sexta-feira 18 de junho de 2021 | Edição do dia

Em meio a uma crise sanitária, econômica e social como a que vivemos, com mais de 490 mil mortes por Covid e com a fome e desemprego em números escandalosos, o governo poderia atuar para diminuir as contas de energia elétrica de toda população. Mas ao invés disso, prefere avançar com a venda da Eletrobras.

Para completar, a MP inclui pontos como a construção de linhas de transmissão em terras indígenas e a obrigatoriedade de contratação de energia das usinas termelétricas, mais caras e mais poluentes, o que pode aumentar o preço da conta de luz. Por causa das alterações no texto, a MP terá de voltar para a Câmara dos Deputados. Essa medida se liga a um conjunto de privatizações que estão na agenda do governo Bolsonaro, como EBC, Correios e outras.

Essa decisão é similar ao que foi feito com a Petrobras nos governos do PT, que abriu espaço para o capital estrangeiro ir avançando com o processo de privatização da empresa, que depois deu um salto com o golpista Temer e posteriormente com Bolsonaro. Estas medidas são parte do plano neoliberal do governo federal de transferir verba e empresas públicas para grandes capitalistas através de privatizações, aprovação de reformas que retiram direitos trabalhistas, e mantém o pagamento de juros da dívida pública destinada a bancos e grandes empresários.

Nós vimos recentemente com o exemplo do Amapá as consequências da privatização e como todo o discurso em sua defesa não passa de grandes mentiras. Agora, a privatização da Eletrobrás tem um único objetivo: garantir o lucro dos capitalistas e descarregar a crise nas costas dos trabalhadores.

Por isso, é necessário nos colocarmos contra esse projeto e batalhar por uma Eletrobras 100% estatal controlada pelos trabalhadores em todos os ramos (da geração à distribuição). Colocar os recursos sob controle dos trabalhadores é a única maneira de impedir seu uso para enriquecimento de multinacionais ou políticos corruptos.

As centrais sindicais, dirigidas pelo PT e PCdoB, como a CUT e CTB, impõem agora uma separação entre as pautas econômicas e a política com os chamados para os dias 18 e 19 de Junho (que nem estão sendo construídos amplamente, com assembleias de base nos locais de trabalho e estudo), como se fossem coisas diferentes. Fazem isso escancarando que não querem de fato derrotar Bolsonaro, o regime golpista e seus ataques, querem encontrar um lugar próprio no regime, fazendo a população esperar 2022 vendo mais mortes, ataques e miséria, e para que depois eles mesmos possam manter as reformas e ajustes que já passaram e assim também gerir esse regime. É urgente que as centrais sindicais convoquem um dia unificado de paralisação nacional, no qual os trabalhadores se organizem e lutem contra as privatizações e reformas em unidade com a juventude.




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