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OPERAÇÃO RECOMEÇO | Preso empresário amigo de Cunha que deixou milhares sem estudar na Gama Filho

Responsável por deixar dezenas de milhares sem poder estudar e milhares de demissões na Faculdade Gama Filho, o empresário Ricardo Magro foi preso em operação do Ministério Público e Polícia Federal.

terça-feira 28 de junho de 2016 | Edição do dia

O empresário Ricardo Magro, do Grupo Galileo, passou a noite no presidio de Bangu, na capital fluminense, depois de retornar de Miami na manhã de ontem (27). Procurado pela polícia internacional (Interpol) desde sexta-feira (24), Ricardo Magro teve sua prisão decretada por seu envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Recomeço, uma operação conjunta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

Segundo as investigações dessa Operação, o empresário é responsável pelo desvio de R$ 90 milhões dos fundos de pensão Petros (Petrobras) e Postalis (Correios). Em dezembro de 2010, o Grupo Galileu emitiu R$ 100 milhões em títulos (debêntures), que supostamente seriam para a recuperação da Universidade Gama Filho e a UniverCidade. Esses títulos foram comprados pelos fundos de pensão Petros e Postalis, mas, depois que a justiça decretou a falência do Grupo Galileo em maio desse ano, descobriu-se que R$ 90 milhões da venda dos títulos tinha sido desviada para outras empresas e pessoas próximas à Magro. Ao todo, 46 envolvidos nesse esquema tiveram seus bens, equivalentes à R$ 1,35 bilhão, congelados.

Além de ex-advogado e amigo pessoal de Eduardo Cunha, Magro é o principal investidor da refinaria de Maringuinhos (RJ), também investigada por sonegação fiscal, e faz parte da lista do Panama Papers, tendo feito vários investimentos ilícitos através da infame Mossack Fonseca. Segundo investigação da polícia civil do RJ, empresas de Magro foram beneficiadas por sua relação com Cunha e com políticos do PCdoB encarregados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2009.
Ricardo Magro também é próximo de Marcelo Sereno, chefe de gabinete de José Dirceu, ministro da Casa Civil do primeiro mandato do governo Lula, até o escândalo do Mensalão, em 2005. O empresário deve ficar detido por cinco dias, conforme o pedido de prisão temporária da 5ª Vara Federal Criminal, e provavelmente prestará depoimento amanhã.




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