Nesta terça, os trabalhadores desta unidade da USP haviam paralisado as atividades contra a tentativa da reitoria de desmonte da prefeitura e de toda a USP. Durante a paralisação, os trabalhadores, cercados de solidariedade, decidiram votar greve por tempo indeterminado. Amanhã haverá assembléia da categoria e ato para generalizar a luta pela USP
terça-feira 29 de setembro de 2015 | 10:29
O estopim da paralisação foi a tentativa de transferência da Seção de Áreas Verdes da Prefeitura da USP, que os trabalhadores barraram.
Estiveram presentes estudantes, diretores do SINTUSP e trabalhadores de outras unidades. A greve foi votada hoje, por ampla maioria em uma assembléia da unidade em meio à paralisação. Os trabalhadores decidiram se manter parados até terem garantia de emprego, de não transferência de nenhum setor, de nenhuma punição e pagamento dos dias parados.
Claudionor Brandão, diretor do Sintusp e militante do MRT disse ao Esquerda Diário que "Os ataques não são somente na prefeitura, mas no conjunto da USP e esta luta surge como um ponto de apoio para generalizar em toda a universidade a resistência contra os ataques, contra o desmonte e o plano de ajustes na USP. Temos que encarar essa greve na prefeitura com um primeiro bastião da resistência e por isso é necessário cercar de solidariedade e ampliar a luta para outras unidades que também estão sofrendo tentativas de desmonte, como o Hospital Universitário, nas creches e outras unidades. É um absurdo todos estes ataques contra os trabalhadores e a comunidade universitária ao invés de questionar os super salários da burocracia acadêmica e os escândalos de corrupção envolvendo licitações na USP. Levemos esse debate para toda a USP, não vamos pagar por essa crise."
Jéssica Antunes, da Juventude às Ruas e da Chapa Por isso me grito para o Congresso dos Estudantes da USP, esteve na paralisação prestando solidariedade e disse "Estivemos aqui vários estudantes da Juventude às Ruas para dizer aos trabalhadores que vamos estar em cada piquete, em cada ato, em todos os momentos, que vamos passar em várias salas de diversas unidades para ganhar apoio. Neste momento, estamos indo com uma delegação de trabalhadores da prefeitura para a FFLCH passar nas salas de aula e vamos começar a arrecadar agora mesmo um forte fundo de greve frente à ameaça da reitoria de cortar o ponto dos funcionários."
Nesse momento, o Conselho de Diretores de Base do Sintusp esta reunido na porta da prefeitura. Rompendo com a rotina, a reunião foi transferida de lugar para prestar solidariedade e preparar um plano de luta de toda a USP contra os ataques.
Amanhã tem assembléia de toda a categoria, às 12:30, com um ato imediatamente depois de apoio a esta greve e contra o desmonte da USP. Chamamos a todos a fortalecer esse ato e a luta contra os ataques na USP, que pode ser transformada num exemplo de luta frente aos ataques em curso no país pelo governo federal, estaduais e a patronal.
