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PREPARAR A GREVE | "Precisamos tomar a luta em nossas mãos, porque mais ou menos dias as centrais vão trair" diz Marcelo Pablito

Nesse sábado na reunião da CSP-CONLUTAS, Marcelo Pablito diretor do SINTUSP e militante do MRT, fala sobre as tarefas dos trabalhadores e da esquerda para construir a greve geral de 30 de junho. A importância da construção dos comitês de base para tomar a luta em nossas mãos e não permitir que as centrais sindicais burocráticas deem tempo ao governo tentar se reorganizar para atacar ainda mais a população e os trabalhadores.

sábado 10 de junho de 2017 | Edição do dia

Na reunião da CSP-CONLUTAS desse final de semana, onde pautou diversos assuntos de internacional a crise atual no Brasil, a discussão sobre a construção da nova greve geral do dia 30 de junho teve centro no debate.

Marcelo Pablito, dirigente do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), militante do Nossa Classe e do MRT, interveio chamando os grupos que constroem a central à organizarem verdadeiros comitês de base que não se subordinem a política das direções como CUT e CTB, mas sim tome a luta contra Temer e as reformas nas próprias mãos dos trabalhadores para impor uma derrota aos ajuste e a esse regime podre, impondo uma assembléia constituinte livre e soberana.

Segundo Pablito “existe um acordo na CONLUTAS da crise política que existe no país”, o problema é que “esse cenário de instabilidade abre uma possibilidade como não víamos ha décadas, onde a classe trabalhadora esta mostrando vontade de lutar para dar a sua resposta a crise. Contudo o principal obstáculo já se mostrou tanto no dia 15M como 28A, porque os trabalhadores foram para rua apesar das suas direções. O corpo mole das centrais que na pratica com diferentes discursos tem o acordo de negociar com o governo uma reforma mais ligth”.

Segue “por isso é necessário sair com uma linha clara: as centrais sindicais vão preparar, mais dia ou menos dias uma traição aos trabalhadores a cada dia, que não preparam a nova greve geral dão melhores condições para o governo nos atacar”.

E conclui usando como exemplo a ação ocorrida em Brasilia no dia 24 de maio, “agora qual o problema, essa combatividade [vista em Brasilia] e os comitês inclusive podem se colocar subordinados a uma linha política adaptada ao regime e a CUT e CTB. Assim fica a pergunta: porque nos materiais da CONLUTAS não dizemos abertamente que as centrais prepararam uma traição e que é necessário os comitês para ultrapassarmos as burocracias”, para não permitir que os trabalhadores fiquem reféns da linhas de suas direções traidoras.

“Sobre a saída política das diretas já, é fazer jogo do PT, porque nessa frente que esta sendo construída em Brasília, cabe partidos como Rede, PSB, PSD.” E como o “Fora Todos” casa com a linha de novas eleições, já que se saem todos o que vem depois seriam novas eleições para por os mesmos corruptos no poder. Essa linha foi a que aplaudiu o impeachment de Dilma, se mostrando um grande equivoco, e principalmente por esperar que meios como impeachment ou o TSE pudessem dar alguma saída progressiva nos processos como foi contra Dilma ou contra Temer.

Como diz Pablito “a justiça não é um atalho em nossa luta” temos que derrubar temer com as mãos dos trabalhadores, da juventude e de toda a população pobre e oprimida que sofre todos os dias no capitalismo, “impondo uma assembléia constituinte onde os trabalhadores e a juventude derrube Temer e derrote as reformas”.




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