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Política de Bolsonaro faz Brasil liderar mortes de grávidas e mães puérperas no mundo

Pesquisa recém publicada por especialistas obstetras de 12 instituições públicas e universidades Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) mostrou índices alarmantes e escancara o descaso do governo com a vida dessa parcela tão vulnerável.

sábado 1º de agosto de 2020 | Edição do dia

Das 160 mortes maternas associadas ao Covid-19 no mundo, 124 foram registradas no Brasil, sem contar com a brutal subnotificação que pode elevar ainda mais esse número! 22,6% dessas mortes foram resultado direto do descaso público, mulheres que não tiveram acesso a um leito de UTI mesmo com complicações por conta da doença e 36% dessas 124 mulheres sequer chegaram a ser entubadas.

Para se ter ideia, nos EUA, país que lidera no número de infectados do mundo, o número registrado, ainda que pese a subnotificação, foi de 35 mortes maternas. Um fator indicador sobre a precariedade da situação que se encontra o sistema de saúde público no Brasil, sistema esse que passa por um processo acelerado de desmonte e entrega desse direito básico para a iniciativa privada. A maternidade gera complicações para as mulheres que são infectadas e não há uma estrutura que permita atende-las e impedir os óbitos.

Outra pesquisa realizada pelo mesmo grupo com recorte racial em 69 casos demonstrou que o risco de mortalidade entre mulheres negras é o dobro do que de mulheres brancas (17% contra 8,9%). Como sabemos no capitalismo são os setores mais explorados e mais oprimidos que arcam com os custos dessa política, com um governo abertamente racista e que é responsável pela morte de negros seja pelo descaso na saúde seja pela violência policial.

Exigimos testes massivos, respirados, EPI’s, leitos de UTI e um combate consequente à pandemia que assegure a vida da classe trabalhadora. Exigimos Fora Bolsonaro e sua política negacionista, Mourão e militares. Por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para que a população decida os rumos do país. Para que se mude não só os jogadores, mas as regras desse jogo assassino.




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