Quatro dos cinco manifestantes que foram presos por pura e simples perseguição política do governo autoritário de Bolsonaro, que deseja fomentar o medo em quem sente raiva do seu papel na catástrofe com recordes de mortes diárias, foram soltos após prestarem depoimentos. Um deles ainda é mantido preso.
sexta-feira 19 de março de 2021 | Edição do dia
Foto: Sérgio Lima/Poder360
A prisão arbitrária foi realizada sob a justificativa de infringirem a Lei de Segurança Nacional, lei arbitrária da Ditadura Militar que foi preservada para ser usada em situações como essa de perseguição política.
Entenda: LSN: porque o resquício da ditadura ganha força no regime golpista?
O Correio Braziliense aponta que dos 5 manifestantes que carregavam a faixa com os dizeres “Bolsonaro Genocida”, um deles ainda é mantido em cárcere pela polícia. A PM, a Polícia Civil e a PF cada vez mais prendem e perseguem aqueles que criticam o governo Bolsonaro e sua culpa pelas quase 300 mil mortes no Brasil.
O manifestante mantido preso é Rodrigo Pilha, criador do site Botando Pilha. Outros três se chamam Guilherme, Victor e Emanuel, mas ainda não descobrimos seus respectivos sobrenomes. Em vídeo, que pode ser visto aqui, o irmão de Pilha dá alguns esclarecimentos sobre o caso.
O ativista que é mantido preso pela polícia sob justificativa de uma lei ditatorial precisa ser solto imediatamente.
Tais ações seguem a esteira de medidas autoritárias levadas a frente pelo governo Bolsonaro, como o caso do jovem enquadrado na mesma LSN por ter se manifestado no Twitter contra o presidente em Uberlândia. Essa semana Felipe Neto também foi intimado em casa por conta de supostamente infringir a Lei de Segurança Nacional. São casos de evidentes restrições e censuras à liberdade de expressão e de pensamento, típicos de regimes autoritários e ditatoriais, que devem ser amplamente rechaçados.
