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Polícia assassina e racista de Doria mata 3 jovens negros em Embu Guaçu

Nesta segunda-feira (29), 3 jovens negros foram assassinados pela polícia de Doria, exibindo mais uma vez a violência racista, intrínseca a essa instituição. De acordo com as testemunhas, os garotos estavam reunidos na rua, conversando em volta de uma fogueira, quando foram assassinados. Mais duas pessoas ficaram feridas, uma delas, em estado grave.

quarta-feira 1º de julho de 2020 | Edição do dia

Na cidade de Embu Guaçu, três jovens negros foram assassinados por homens que se identificam como policiais. Reunidos em volta de uma fogueira em um terreno com mais pessoas, como faziam quase todos os dias, os garotos estavam conversando quando foram abordados pelos dois assassinos. Ambos já se identificaram como policiais durante a abordagem e, ao serem questionados pelos jovens, os dois atiraram mais de 15 vezes, conforme depoimento de testemunhas. A distância entre o local do assassinato e a delegacia de Embu Guaçu é de 600 metros.

Exibindo novamente seu caráter racista, a polícia de João Doria assassinou mais três jovens negros em São Paulo. Responsável também por assassinar João Pedro, essa instituição mostra que não existe com o objetivo de garantir a segurança da população, mas sim de ser uma força repressiva, fundamental para manutenção do Estado Capitalista.

Desde o começo da pandemia policial no Brasil, percebe-se uma aumento da violência policial, o que afeta principalmente a juventude negra e os trabalhadores. O aumento dessa violência está diretamente relacionado com a possibilidade de surgirem processos de luta em resposta ao aprofundamento da crise capitalista em curso, que tem desemboca em uma série de catastróficos efeitos sociais.

Frente ao ascenso da luta antirracista nos Estados Unidos, desencadeado pelos efeitos da crise e pela violência policial que matou George Floyd, um homem negro de 40 anos, a polícia brasileira vem avançando ainda mais com sua violência racista para conter a população negra no Brasil, a maior fora do continente africano. A força das mobilizações estadunidenses, que questionam profundamente a instituição policial, apontando a necessidade de desmantelamento dessa, abre uma nova situação mundial que influencia outros países, no marco de estarem acontecendo no coração do imperialismo.

Leia também: Que faria a esquerda brasileira que defende a polícia, se estivesse nos Estados Unidos?

Os processos de mobilização estadunidenses, que se expressam em outros países, inclusive no Brasil, impõem a necessidade de uma reflexão estratégica mais profunda e mostram a necessidade de lutar pelo fim da instituição policial e contra o atual regime, que reserva somente miséria diante da depressão econômica que vai se desenhando.

Nesse sentido, o fortalecimento dos processos de mobilizações que acontecem ao redor do mundo, é de fundamental importância. Hoje (01), no Brasil e em diversos países, acontecerá a paralisação internacional dos entregadores de aplicativo, setor da classe trabalhadora, composto majoritariamente por negros, que vive diariamente os efeitos da precarização do trabalho, pela ausência de direitos. É importante que todos se coloquem ao lado desses trabalhadores que tem sido um dos mais expostos à pandemia e aos demais efeitos da crise capitalista e do racismo estrutural.

Leia também: Por que apoiar a paralisação internacional de entregadores de APP em 1 de julho?

Nós, do Esquerda Diário, rechaçamos a violência da polícia de João Doria que assassinou três jovens negros, assim como apoiamos a paralisação internacional dos entregadores de aplicativo. Acreditamos que essas mobilizações são fundamentais e que poderiam impulsionar uma programa em resposta à crise política e sanitária atual que tem afetado, sobretudo, a população negra e trabalhadora, passando por lutar contra o regime atual, a partir da imposição de uma assembleia constituinte livre e soberana e também contra a racista instituição policial.




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