segunda-feira 13 de junho de 2016 | Edição do dia
O candidato ultraconservador do Partido Republicano a presidência dos EUA, aproveitou o massacre homofóbico ocorrido esta madrugada em Orlando, Florida, para seguir com sua campanha do medo e ódio racista e, segundo ele, recebeu milhares de felicitações de seus seguidores.
Sem que haja confirmação ainda de que o assassino tenha tido motivações religiosas para a matança, Trump já o utiliza como plataforma para sua campanha contra os imigrantes de origem islâmica a fim de endireitar ainda mais as eleições.
Appreciate the congrats for being right on radical Islamic terrorism, I don't want congrats, I want toughness & vigilance. We must be smart!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 12 de junho de 2016
Agradeço as felicitações por estar certo sobre o terrorismo islâmico radical. Eu não quero as felicitações, quero dureza e vigilância. Temos de ser espertos!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 12 de junio de 2016
Centenas de usuários reprovaram sua incursão nas redes em pleno duelo pelo massacre, apontando o uso eleitoral para fins reacionários. Por sua vez, a candidata do “establishment” democrata, Hillary Clinton, somente se limitou a solidarizar-se com os familiares das vítimas.
Woke up to hear the devastating news from FL. As we wait for more information, my thoughts are with those affected by this horrific act. -H
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 12 de junho de 2016
Acordei com a devastadora noticia de FL. Enquanto esperamos mais informação, meus pensamentos estão com os afetados neste ato terrível
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 12 de junio de 2016
Por sua vez, o presidente Barack Obama realizou uma conferência de imprensa onde condenou o atentado e assegurou que investigará a fundo o ocorrido.
Recordamos que neste ano nos EUA aconteceram ao menos 173 casos como este onde uma pessoa armada ataca uma multidão. Além disso, há um grande debate sobre a facilidade com que se conseguem armas neste país e sobre o ódio racial, impulsionado desde o Estado com os meios massivos de comunicação, que há contra a comunidade muçulmana principalmente, a partir dos atentados do 11S.
Tradução: Milena Bagetti
