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Bomba | Planalto encomendou morte de miliciano que era ligado aos Bolsonaros, diz irmã

"Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já", disse irmã em áudio.

quarta-feira 6 de abril de 2022 | Edição do dia

Áudios da irmã de Adriano da Nóbrega, Daniela Magalhães da Nóbrega, mostram ela afirmando que a morte do irmão foi encomendada pelo Planalto em Brasília.

"Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo", disse Daniela, na gravação que foi autorizada pela Justiça.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu os áudios a partir de escutas telefônicas, os quais a Folha de S. Paulo teve acesso. Áudios podem ser ouvidos aqui. Nem Daniela, nem Bolsonaro se manifestaram ainda sobre o assunto, mas as palavras de Daniela são fortes o suficiente para escancarar as relações criminosas que o governo Bolsonaro fomenta.

Adriano tinha um currículo afundado no crime. Além de ter sido denunciado por rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro, era conhecido por comandar uma das maiores milícias da capital carioca, conhecida como Escritório do Crime. O miliciano estava foragido e, em 2020, foi morto pela polícia na Bahia. Não por acaso, a milícia que fazia parte é suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Adriano da Nóbrega, portanto, era muito possivelmente peça-chave na resolução de vários crimes. Esses áudios revelam a podridão em que o governo Bolsonaro se enlameia, no submundo do crime carioca, envolvendo milícias, assassinatos, queimas de arquivo e outras barbaridades que ainda não vieram à tona.

  •  Para saber mais sobre o assunto, ouça o Podcast Feminismo e Marxismo, episódio 42: Justiça por Marielle


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