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PETROBRÁS | Petrobrás teve prejuízo de R$ 21,587 bilhões em 2014

quinta-feira 23 de abril de 2015 | 00:29

Aldemir Bendini, presidente da Petrobrás apresenta os resultados da estatal. FOTO: EFE

A Petrobrás registrou ano passado um resultado negativo de R$ 21,587 bilhões (US$ 7,2 bilhões), o pior desde a década de 90, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira pela companhia.

Em 2013 o lucro líquido da Petrobrás foi de R$ 23,4 bilhões.

A empresa atribuiu o resultado negativo de 2014 à perda de R$ 44,6 bilhões pela desvalorização de seus ativos e aos prejuízos de R$ 6, 194 bilhões causados pela corrupção, entre outros fatores.

A Petrobrás também informou que no terceiro trimestre de 2014 teve um prejuízo de R$ 5,3 bilhões, enquanto no quarto trimestre as perdas foram de R$ 26,6 bilhões.

A publicação do balanço financeiro, auditado pela consultoria Price Water House Coopers, do terceiro e quarto trimestre de 2014 tinha sido adiada devido ao gigantesco escândalo de corrupção que envolveu a empresa estatal e que provocou a queda e a prisão de diretores e de executivos das principais construtoras do país.

Em janeiro a companhia divulgou o balanço não auditado do terceiro trimestre, e informou que a empresa registrou lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, valor que contrasta com o prejuízo de R$ 5,3 bilhões, divulgado hoje.

Segundo um comunicado da Petrobras, a diferença de números se deve, entre outros aspectos, "à queda das despesas adicionais capitalizadas indevidamente no âmbito da operação Lava Jato".

A Petrobras destacou que os investimentos totalizaram R$ 87,1 bilhões, redução de 17% em relação a 2013.

Corrupção gerou perdas de R$ 6,194 bilhões a estatal

A corrupção na Petrobrás causou perdas no valor de R$ 6,194 bilhões, informou a companhia durante a apresentação dos resultados financeiros auditados de 2014.

Petrobrás constatou que construtoras, fornecedores e outros envolvidos no caso Petrobrás "se organizaram em um cartel" e entre 2004 e abril de 2012 "sistematicamente incluíram despesas adicionais na aquisição de ativos imobilizados pela companhia".

Segundo a investigação do governo, os empresários obtinham contratos com Petrobrás superfaturando os preços, dividiam parte dessa diferença com diretores da estatal e o resto era distribuído entre os políticos, que recebiam o dinheiro em forma de "doações" para suas campanhas eleitorais.

EFE




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