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PEPSICO | PepsiCo: a tenda se transforma em centro de organização e solidariedade

A tenda montada pelos trabalhadores que lutam pela reintegração já começa a se transformar em um símbolo. Organizações, personalidades e também pessoas se aproximam para apoiar a luta.

sexta-feira 21 de julho de 2017 | Edição do dia

"Força!” grita uma mulher, cumprimentando os operários que estão na porta da tenda. Acaba de assinar o abaixo-assinado pela reintegração na mesa que fica na esquina das avenidas Rivadavia e Callao. Sua amiga levanta e aplaude. Todos repetem “força” e sorriem. É que a causa da “leoas” e seus companheiros continua acumulando uma enorme simpatia. Milhões as viram lutar contra a justiça e a repressão que as quer deixar sem trabalho.

Dois motoqueiros esperam o sinal verde e apertam a buzina. Um levanta o polegar, as operárias respondem o gesto. Outras percorrem os carros. Ninguém titubeia em baixar a o vidro da janela para receber o panfleto. “Não às demissões. Não compre produtos PepsiCo” dizem.

Um grupo de turistas tira fotos do simbólico edifício do Congresso. Alguns se viram e também tiram fotos da tensa. Quem pode negar que também é um símbolo da Argentina atual?

Carina tira uma selfie com suas companheiras, operárias da PepsiCo como ela. “Dia do amigo lutando” dizem.

As vezes a fila para assinar fica longa. O frio não importa. Ninguém olha o relógio. Esperam sua vez e estampam sua letra a pedido dos operários. Alguns ajudam com o fundo de greve, outros deixam palavras de alento: “não abaixem os braços”.

A tenda, em um dos centros políticos do país, vai ganhando vida. Todo o tempo circulam pessoas e conversam com os operários que permanecem ali.

Nesta quinta-feira, entre outros que se aproximaram, vieram os integrantes da comissão interna de Acindar, que vieram da Villa Consitución para se solidarizar. Também o fizeram os trabalhadores da justiça e outros sindicados envolvidos na CTA. Mais tarde o fariam os professores da agrupação Marrón 9 de abril que trouxeram seu apoio. Com eles estava Nathalia González Seligram, deputada nacional da FIT que é parte desta agrupação.

Um parágrafo especial merece o SiPreBA, o sindicado dos trabalhadores da imprensa, que se aproximou com dirigentes e delegados e doou 10 mil pesos para o fundo de luta.

Também o fizeram os referentes políticos da esquerda. Vilma Ripoll (MST) chegou com doações de alimentos. Na noite anterior esteve presente Pablo López, deputado nacional do PO-FIT. Luis Zamora compareceu novamente para apoiar os trabalhadores. E não poderia faltar Myriam Bregman, dirigente do PTS-Frente de Esquerda e sempre presente junto aos trabalhadores da PepsiCo.

Pela tarde, depois das 17 horas, na tenda de luta o dia do amigo foi comemorado com chocolate quente junto aos vizinhos e trabalhadores que se aproximaram. “Obrigada por estarem conosco!” diziam os da PepsiCo.

Logo após a reunião, os trabalhadores retomaram seus programa de rádio ao vivo, que tem milhares de reproduções e são um dos outros canais pelos quais chega simpatia e solidariedade de todo o país.

Enquanto isso, os trabalhadores utilizam a tenda como seu lugar de reunião. Ali discutem as ações que realizarão nos próximos dias para continuar com a luta pela reintegração. Ou saem dali para apoiar outros conflitos, como o fizeram hoje frente às demissões em Cresta Roja. A foto e o canto de “unidade dos trabalhadores”, o debate comum com os dirigentes da Federação da Alimentação, são um exemplo disto.

“Força” grita a gente que passa. As “leoas” sorriem, piscam os olhos, levantam o punho. Sentem esta solidariedade todos os dias. Assim acontece outra jornada mais na resistência daqueles que já se transformaram em um exemplo de luta de toda a classe operária.




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