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INIMIGO DOS TRABALHADORES | Paulinho da Força volta à presidência da Força Sindical

O deputado federal de São Paulo, Paulo Pereira da Silva do partido Solidariedade (o “Paulinho da Força”), retornou de surpresa ao seu posto de presidente da Força Sindical. O presidente interino Miguel Torres, que está no cargo desde o final de 2013, foi informado que Paulinho reassumiria a presidência às 7 horas do dia 12/01 (terça feira) na reunião que foi marcada pelos dirigentes da Central na cidade de São Paulo.

sábado 16 de janeiro de 2016 | 00:00

Com os mesmos privilégios que os políticos burgueses, com um alto salário e uma série de “benefícios”, Paulinho também está envolvido em casos de corrupção como o desvio de dinheiro do BNDES. O seu pensamento político é contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, ele é aliado de políticos como o Eduardo Cunha do PMDB, que está na linha de frente para implementar projetos como a redução da maioridade penal e a PL 5069, e de Aécio Neves do PSDB, partido responsável por uma série de privatizações nos anos de governo Fernando Henrique Cardoso, o que tornou a vida do trabalhador ainda mais precária.

A Força Sindical foi uma central criada nos 1990 para poder dividir os trabalhadores e enfraquecer qualquer resistência que poderia existir frente aos ataques neoliberais que já se desenhavam desde o governo Collor, e dos quais FHC foi em seguida o principal aplicador. Para defender os interesses dos patrões e do Estado, atuam como verdadeiros gângsteres contra a classe trabalhadora, cumprindo sempre o papel de trair e desmobilizar as lutas.

A presença direta de um político que defende os interesses dos grandes empresários intervindo diretamente em um instrumento de organização da classe trabalhadora, mostra que é fundamental que se faça uma imensa campanha por sindicatos independentes dos governos e dos patrões.

PAULINHO DIZ QUE CENTRAL É ’NEUTRA’ EM RELAÇÃO AO IMPEACHMENT

No seu retorno à presidência da Força, Paulinho disse que a Central adotará a posição de neutralidade em relação ao eventual impeachment da presidente Dilma. No ano passado, o deputado soltou uma informação, desmentida pelo os próprios dirigentes da central sindical, de que a Força iria oferecer carros de som contra os congressistas que se colocassem contrários ao impeachment da presidente.

Quando diz que a Força Sindical é ‘’neutra’’ em relação Impeachment de Dilma, além de agradar as diferentes alas da burocracia sindical que compõem a central sindical mantendo assim uma unidade com os sindicalistas, ele pode dar uma ‘’aparência independente’’ na atuação política da central sindical, enquanto tenta canalizar pro campo da oposição burguesa as lutas dos trabalhadores que virão.

Assim como temos que denunciar a CUT por querer canalizar a luta dos trabalhadores para defender o governo, temos que denunciar ainda mais a Força Sindical por querer fazer o mesmo para defender a oposição burguesa.

A oposição burguesa não pode ser a saída para a crise econômica e política que o governo está atravessando atualmente. Esta oposição burguesa está envolvida nos mesmos crimes de corrupção em que o PT aparece, mas também está junto com o governo para poder atacar os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. São setores que estão na linha de frente contra os negros, homossexuais e mulheres, mas também são aqueles que pregam retirar os direitos trabalhistas e tornar mais precárias as condições de trabalho no país.

Nenhum dos lados da falsa polarização entre aqueles que defendem o Impeachment de Dilma e o ‘’Fica Dilma’’ podem representar os trabalhadores.
É fundamental que os trabalhadores recuperem seus sindicatos que hoje estão nas mãos da burocracia para colocá-los a serviço da luta, questionando os privilégios dos políticos, os escândalos de corrupção e o parasitismo nos sindicatos.

Frente à atual crise política, os trabalhadores têm que se organizar de maneira independente do governo e dos patrões para conseguir impor uma assembléia constituinte livre e soberana através de suas mobilizações. Uma assembléia constituinte que permita dar um grande passo para levar até o fim a experiência dos trabalhadores com a democracia dos ricos, e criar as condições para colocar abaixo esse sistema fundado sobre a exploração e a opressão.




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