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ELEIÇÕES 2018 | Patrimônio de Alckmin é 30% maior, de Ana Amélia dobra, representantes favoritos dos patrões

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

quinta-feira 9 de agosto de 2018 | Edição do dia

O patrimônio de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à presidência junto com a latifundiária Ana Amélia, cresceu quase 30% desde as eleições de 2014 segundo o que declarou à Justiça Eleitoral nessa quarta-feira. Ele que é a principal aposta do “mercado”, dos patrões e do imperialismo para aplicar uma agenda de ajustes dura contra os trabalhadores e o povo pobre.

Promete uma Reforma da Previdência violenta, gastos ainda menores com saúde e educação, acabar com o Ministério do Trabalho e armar latifundiários, do alto dos seus R$ 1,379 milhões declarados (aumento de 29% em relação a 2014), em imóveis, aplicações financeiras e previdência privada. Um político que engorda suas riquezas com a política, vive a boa vida ao lado de patrões, empresários e capitalistas, um verdadeiro burguês que, para salvar sua classe, joga a crise nas costas do trabalhador.

Os números do patrimônio da sua vice-reacionária, Ana Amélia, são ainda mais gritantes. A latifundiária mais que dobrou seu patrimônio, que passou de R$ 2,5 milhões em 2014 para R$ 5,1 milhões. A gaúcha teve seu patrimônio fruto direto de nepotismo, acumulando cargos através do seu ex-marido Octávio Omar Cardoso, senador biônico da ditadura militar pelo ARENA e depois PDS. Dele também herdou seu latifúndio – fazendas de gado no RS no valor de R$ 4.738.538,78, além de 680 hectares com 600 cabeças de gado em Goiás. É a típica burguesia latifundiária que, para defender suas gordas posses, propõe criminalizar protestos, como a Lei Antiterrorismo sancionada por Dilma.

Veja também: Saiba quem é e do que é acusada Ana Amélia, vice de Alckmin e Senadora do PP

Essa é a dupla que o mercado está apostando nessas eleições para atender os seus interesses, que é aprofundar os ataques iniciados pelos governos do PT, ou seja, dar continuidade às medidas econômicas que o golpe impôs sobre os trabalhadores. O centrão cumpriu importante papel aí, concentrando apoio a dupla, que terá metade do tempo de TV e do novo fundo bilionário para essas eleições (R$ 878 milhões). Tudo isso para tentar ultrapassar nas urnas as barreiras que o repúdio aos ataques do golpe e a impopularidade de Alckmin impõe sobre sua candidatura, que nas últimas pesquisas minguava em intenções de votos e sequer iria para o segundo turno.




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