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LGBTFOBIA | Pastores se organizam para inibir LGBTs na primeira parada da diversidade em Marília

Grupo de pastores se organizam para inibir 1ª Parada da Diversidade em Marília

sexta-feira 29 de setembro de 2017 | Edição do dia

Durante essa semana, um grupo de pastores convocou uma reunião para articular uma "Marcha pela família", no mesmo local e horário da Parada LGBT, que ocorrerá no próximo dia 01 de outubro, com clara intenção de coibir a mesma. Alguns dias antes, um dos pastores do grupo promoveu um culto para jovens na comunidade do Argolo Ferrão para discursar sobre o porque eles não deveriam ir à Parada. Na mesma semana, diversos pastores, alguns que inclusive tem cargo de vereador na cidade, se manifestaram nas redes sociais se posicionando contra a realização da manifestação, que dizem significar a destruição da família.

Além disso, está circulando nas redes sociais uma imagem em que um militante trans é exposto e em que chamam todos os "machos de Marília" a defender a cidade da “humilhação” que segundo o cartaz significará a parada, com “paus e pedras” diz que é “pra quebrar os biba”, e coloca uma imagem de um cachorro e de um homem agredindo o militante trans.

A parada da diversidade será a primeira na cidade e ocorrerá após a aprovação da liminar da justiça federal que autoriza psicólogos a tratar LGBTs como doentes, a parada intitulada “Amar não é crime” é uma expressão importante da organização e da luta contra a LGBTfobia que humilha e assassina os lgbts todos os dias.

No país onde mais se mata LGBTs, onde a expectativa de vida de travestis e transexuais é em torno de 30 anos, muita vezes sendo relegadas aos postos de trabalhos mais precários e à prostituição, onde se bate recorde ano a ano de assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, que ainda são tratados como doentes, não podemos aceitar que não se possa falar sobre essa realidade, como quer fazer os projetos dos golpistas, como escola sem partido e esse grupo de pastores que quer impedir o direito de manifestação dos LGBTs.

É com a força de milhares de jovens e trabalhadores LGBTs pelo Brasil, que demonstraram na última sexta que não vão aceitar ser tratados como doentes é que se pode enfrentar o ódio e a violência de pastores lgbtfóbicos como esses de Marília e impor o direito da livre expressão de gênero e sexualidade que o capitalismo nos retira dia-a-dia.




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