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#24JGreveFrança #greve24janvier | Participe do Twittaço hoje as 15:00 em apoio à greve francesa

Hoje acontece a 24ª jornada de luta contra a reforma da previdência de Macron, no 51º dia da greve geral dos trabalhadores dos transportes, que segue sofrendo um ferrenho cerco midiático apesar de apoio de 60% da população. Participe do twittaço!

sexta-feira 24 de janeiro de 2020 | Edição do dia

A Rede Internacional de Diários Esquerda Diário convida todes seus leitores a se somarem ao Twittaço em apoio à brava luta francesa contra a Reforma da Previdência de Macron, hoje, as 15:00, com a hashtag #24JGreveFrança

Os trabalhadores dos transportes que estão em greve há 51 dias, protagonizando um fenômeno ímpar de auto-organização desde as bases, afirmam com força que "a greve é dos grevistas", e com essa convicção puderam superar o período de recesso das festas de fim de ano. Hoje tem o apoio de 61% da população, mesmo com a sua greve impossibilitando o transporte via ônibus, com 90% das garagens da RATP paradas e 60% dos trens e metrôs na região parisiense.

A insurreição dos Coletes Amarelos fortaleceu e deu moral aos setores estratégicos do movimento operário, trouxe protesto e métodos históricos da classe trabalhadora a novos setores dos trabalhadores, querem uma nova sociedade às gerações futuras. Frente a isso, o movimento atual coloca em primeiro plano a importância da classe trabalhadora como sujeito social potencialmente hegemônico, no controle das posições estratégicas que fazem funcionar a sociedade (indústria, transportes, serviços, etc.). Acreditamos que estes exemplos deveriam ser um centro de reflexão da esquerda brasileira em um momento de grandes ataques do governo bolsonarista, fruto do golpe institucional.

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As paralisações nas refinarias e da principal hidrelétrica francesa, Grand’Maison, provocaram ainda mais pressão sob Macron, que já é cotado como presidente mais odiado do regime da V República Francesa.

Demonstrações emocionantes do que pode ser feito quando os trabalhadores tomam o controle, ainda que temporariamente, ocorreram a partir da Ópera de Paris, que brindou milhares de pessoas com espetáculos e hoje se colocam nas ruas junto a professores, estudantes secundaristas e universitários, pesquisadores e funcionários. Até mesmo da mais famosa atração turística do mundo: a Torre Eiffel, paralisada pela terceira vez hoje desde o começo da greve.

As Centrais Sindicais seguem na sua linha de não generalizar a greve, ainda que as as ações para denunciar a política conciliadora do dirigente da central sindical CFDT, Laurent Berger, se multiplicam.

A mídia, ao passo que na França é obrigada a convidar figuras que representem esta mobilização que em termos de duração já superou o Maio de 68, como Anasse Kazib, dirigente ferroviário e militante do Revolution Permanente, integrante da rede internacional de diários Esquerda Diário. No Brasil se mantém um ferrenho cerco a esse processo de luta, para que a classe trabalhadora e a juventude brasileiras não entrem em contato com o exemplo francês, já que apresenta um caminho concreto para organizar a luta contra Bolsonaro e cada um de seus ataques, assim como desmascara o papel da burocracia sindical.

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Por isso convocamos todes a se somarem ao Twittaço, para ajudarmos a romper este cerco midiático, colocarmos a importância da retomada dos métodos de luta da classe trabalhadora e pensarmos: Como podemos fazer como os franceses?




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