Paralisação dos agentes escolares e ações espalhadas pelo estado marcaram o primeiro dia do retorno às aulas nas escolas estaduais de São Paulo.
terça-feira 19 de outubro de 2021 | Edição do dia
Logo pela manhã desta segunda-feira os agentes escolares deram importantes exemplos de força na luta contra os ataques de João Doria à educação. Diversos agentes participaram de atos de doações de sangue em nome da educação. Também realizaram manifestações em frente às diretorias de ensino regionais em várias cidades do interior.
No início da tarde, centenas de agentes escolares se reuniram em frente ao prédio da Secretaria de Educação, na praça da República, denunciando o Projeto de Lei Complementar 26 que ataca os serviços públicos e o funcionalismo. Esse PLC altera o Estatuto do Servidor Público e do Magistério entre outras leis para retirar mais direitos dos servidores avançando sobre a já aprovada reforma administrativa do governo Doria.
Além disso denunciavam a tentativa de chantagem de Dória e Rossieli (secretário da educação) que buscava comprar o apoio dos agentes escolares ao PLC 26 em troca de um abono salarial prometido por Doria aos professores.
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Sofrendo com anos de congelamento salarial e um vale alimentação de irrisórios 12 reais, os agentes inundaram as redes sociais de Rossieli criticando a manobra e exigindo salários dignos. O abono é uma política instituída pelo PSDB de décadas como forma de dividir professores e funcionários da educação, oferecendo migalhas enquanto instituem uma política de precarização e sucateamento da educação.
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Marcela Campos, diretora da Oposição da Apeoesp compareceu ao ato saudando os agentes escolares e exigindo que a Apeoesp e Sindsep unifiquem a luta dos agentes e professores contra o PLC 26.
Os agentes escolares foram linha de frente nas escolas durante toda a pandemia, sem direito à a quarentena e a "recompensa" que recebem de Doria e Rossieli Soares é mais desvalorização de seus trabalhos e de toda a educação pública.
É fundamental cercar de solidariedade essa luta. A CUT, central sindical da qual Apeoesp e Sindsep fazem parte deve unificar as lutas do funcionalismo contra os ataques de João Doria que tenta se alçar como uma terceira via eleitoral, se colocando como oposição a Bolsonaro e Mourão. Porém, para atacar a classe trabalhadora e a juventude, segue a mesma linha do governo federal, Congresso e Judiciário.