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EXECUÇÕES DURANTE A DITADURA | Para general, ministro da Defesa, execuções autorizadas por Geisel são mero tema para historiadores

Declaração do ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, minimizou o relatório da CIA da época da Ditadura, recentemente divulgado, afirmando que o tema - as execuções de adversários políticos com o aval de Geisel - é uma "atividade para historiadores". Além disso, afirmou que com a Lei da Anistia "esse assunto está encerrado".

sexta-feira 18 de maio de 2018 | Edição do dia

Na quinta feira (27) o ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, deu declarações sobre a mais recente comprovação da participação das altas cúpulas militares nas execuções de adversários políticos - o relatório divulgado pela CIA que aponta a participação de Geisel em reuniões sobre esse tema com o órgão de repressão do Exército, o CIE.

Evidentemente, como mais um dos generais do Exército herdeiros da Ditadura, o ministro minimizou os fatos apresentados, alegando que o tema é pertinente apenas a historiadores, e reivindicou a Lei da Anistia, que na transição pactuada do regime militar para o atual regime democrático, assegurou ampla impunidade aos crimes cometidos pelos militares, mesmo para torturadores e assassinos.

A absurda declaração do general e ministro evidencia a naturalização dos crimes da Ditadura que ocorre em nosso país. Diferentemente de outros países latino-americanos que se enfrentaram com o legado temerário de suas ditaduras, no Brasil a Lei da Anistia e todo o processo de transição pactuada, cuja expressão máxima é a constituição de 88, asseguram a ocultação dos bárbaros crimes cometidos. É necessário que os trabalhadores lutem pelo resgate da memória de todas as vítimas dos absurdos crimes e a condenação de todos os envolvidos, para que declarações como essa do ministro, em que reivindica a impunidade dos militares, não se repita.




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