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MANIPULAÇÃO EMPRESARIAL | Para garantir sua manipulação eleitoral empresários usaram empresas estrangeiras

Áudio do dono de uma empresa espanhola confirma denúncia da manipulação eleitoral realizada por empresários, que patrocinaram o disparo ilegal em massa de mensagens de campanha para Bolsonaro.

terça-feira 18 de junho de 2019 | Edição do dia

Ao mesmo tempo em que vieram à tona os esforços do Judiciário brasileiro para manipular as eleições, por meio da prisão arbitrária de Lula e o sequestro do direito das pessoas decidirem em quem votar, a reportagem de hoje da Folha de São Paulo revelou outra face da manipulação durante as eleições: a participação empresarial.

No ano passado, já era de conhecimento público a denúncia da compra de pacotes de envio de mensagens pelo aplicativo Whatsapp, entretanto, um áudio revelado pela reportagem traz a confirmação da empresa estrangeira responsável pelos disparos em massa.

Na gravação Luis Novoa, diretor da espanhola Enviawhatsapps, afirma que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” do Brasil financiaram a compra de um software produzido por ele para disparar mensagens em massa durante a campanha. Os destinatários eram usuários da base de dados da própria campanha de Bolsonaro ou de banco de dados vendidos por terceiros , o que configura crime eleitoral.

Os empresários brasileiros cientes da ilegalidade da ação certamente buscaram na empresa estrangeira uma forma de ocultarem sua participação. Entretanto, mesmo denunciado o crime no ano passado, ainda em meio ao segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral fez vistas grossas, passando pano para a ação ilegal que certamente influenciou nos rumos da eleição.

A cada dia os novos fatos trazidos à tona lançam luz sob o alinhamento de interesses que esteve por trás do golpe institucional e da manipulação eleitoral no país, articulado pelo Judiciário, pelo parlamento, pela imprensa, e pelos empresários, todos interessados em elevar o nível de exploração da classe trabalhadora no país através da imposição de uma agenda de reformas neoliberais ainda mais duras do que o governo petista vinha sendo capaz de aplicar.




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