segunda-feira 6 de junho de 2016 | Edição do dia
Pais de alunos mobilizados pela direção do segundo maior colégio do RS, o Cristóvão de Mendoza, invadiram, na manhã desta segunda-feira, a escola causando pânico entre os membros da ocupação. Com medo de agressões como a que ocorreu na escola Apolinário, na mesma cidade de Caxias do Sul há uma semana, os alunos empilharam classes e cadeiras em pontos estratégicos. Estas foram tiradas violentamente causando a quebra de alguns desses itens públicos.
Houve correria e bate boca entre pais, alunos e professores a favor da ocupação e contra, separados por uma grade interna no bloco B da escola, próximo à portaria. Um advogado pró ocupação tentou intermediar, mas o diálogo não aconteceu. Os pais alegavam que pelo menos as crianças deveriam ser liberadas para ter aula. Os ocupantes rebatiam que haviam atividades para as crianças cujos pais não tinham com quem deixar os filhos. Porém, claramente, aqueles pais estavam dominados por uma histeria característica do ódio incitado pelo próprio Estado e pela mídia de forma mascarada. A tal neutralidade que eles tanto pregam está se revelando muito tendenciosa. E o que é pior: uma tendência fascista. Pois, via redes sociais já houve, em grupos fechados, ameaças inclusive de morte, e não foram ameaças particulares, foram ameaças de envenenamento coletivo, por exemplo.
Além dessa terceirização da repressão que é a aposta do governador e da mídia para por abaixo a luta legítima desses bravos estudantes, há um ascenso fascista real em curso. Todos os que se omitirem de proteger esses estudantes serão conivente com a violência. É hora de, quem tem a mínima consciência, sair em defesa desses alunos e da educação. Um governo que não cumpre seus deveres não tem moral para exigir que os cidadãos cumpram. Pelo direito a uma educação de qualidade, pública, e valorizada as ocupações seguirão até a vitória.
