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CORONA VÍRUS | PUC-RIO retira vulneráveis da escala, mas não libera funcionários por Corona Vírus

Após mobilização de funcionários, universidade volta atrás e terá escala reduzida frente ao Corona Vírus. Somente os vulneráveis foram liberados, como se os trabalhadores jovens não pudessem se contaminar no transporte e no local de trabalho, passando a doença adiante.

terça-feira 17 de março de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução

Em carta aberta assinada pelo Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado do Rio de Janeiro (SAAERJ), DCE, centros acadêmicos e associação de pós graduação (APG) pediram a liberação dos funcionários frente a pandemia do Corona Vírus, em resposta a medida absurda da PUC-RIO de colocar todos o quadro de funcionários para irem trabalhar.

A reitoria havia optado por manter as unidades administrativas em todas as suas unidades por 10 dias. Já para alunos e professores as aulas suspensas. A medida ignorava por completo o risco de contaminação no deslocamento do transporte público.

Após mobilização dos funcionários e amplo rechaço das medidas por parte dos estudantes, ontem, dia 16 de março, a reitoria soltou nova nota revendo sua posição, mas de forma absolutamente parcial. A única medida tomada foi a “liberação de funcionários maiores de 65 anos, que estejam gripados ou se encontrem em situação de vulnerabilidade de saúde” e fala abstratamente da definição de serviços essenciais sem ficar claro o que seria isso.

Ou seja, somente os vulneráveis foram liberados. O que a reitoria ignora é que qualquer trabalhador pode contrair a doença no caminho e no próprio local de trabalho e depois disso, contaminar os parentes dentro de casa.

Em especial, os terceirizados estão expostos a condições insalubres, pois parte de seu local de trabalho é em contêineres precários super-lotados e a própria tarefa da limpeza pode levar o contato direto com o vírus.

Exigimos a liberação imediata dos funcionários terceirizados, efetivos e também dos seguranças do Campus, que foram rebaixados recentemente a inspetores escolares pela universidade. Que seja feita uma escala reduzida em discussão com os próprios trabalhadores. Não há qualquer motivo razoável que todo o corpo de funcionários “não vulnerável” siga suas funções normalmente se não há aula, correndo o risco de serem contaminados.

O que se escancara com essa medida é o caráter de classe da PUC-RIO que tem seu conhecimento pinçado para as grandes empresas, algumas delas investem em salas em busca de isenção fiscal. Abrem suas portas para o lucro, por um lado e por outro, mandam seus funcionários irem trabalhar podendo se contaminar com o Corona Vírus.




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