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MILITARES NA POLÍTICA | PT lança major da PM para prefeitura de Salvador, militarizando a política como faz a direita

PT segue o caminho da direita de militarização da política e promove policiais como suposta resposta ao problema da violência urbana. PSOL carioca tomou decisão semelhante ao escolher um coronel da PM como candidato a vice-prefeito e gerou críticas e a retirada da candidatura de Carolina Cacau no Rio de Janeiro.

quinta-feira 24 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Shirley Stolze.

Denice Santiago tem 49 anos e faz parte da corporação há 30 anos. PM da Bahia é a segunda que mais mata no país, em números totais, e foi usada recentemente na repressão de manifestantes para aprovar a reforma da Previdência no estado.

A major da PM, que chegou a ser cotada como vice em uma chapa de direita em 2018, agora busca se ligar ao governador do estado, Rui Costa (PT), na tentativa de vencer ACM Neto (DEM) na disputa da prefeitura.

Vem tendo ampla repercussão nas redes sociais a crítica às candidaturas de militares. Na terça-feira (22), a professora Carolina Cacau publicou um vídeo anunciando a retirada de sua candidatura à vereadora no Rio de Janeiro, devido ao anúncio do PSOL de que o vice candidato para a prefeitura da cidade que tem a polícia mais assassina do mundo seria o coronel da PM, Ibis Pereira. Assista:

Em Salvador, o PT confirmou na semana passada a candidatura de Denice Santiago como cabeça de chapa e Fabíola Mansur (PSB) de vice. A oficialização da candidatura teve vídeos de Lula, Haddad e outras figuras petistas em apoio à candidatura.

O governador Rui Costa, junto ao outros governadores do Nordeste, vem implementando ataques à classe trabalhadora, como foi a reforma da Previdência, que contou com a repressão da própria PM contra os manifestantes no dia da aprovação.

A decisão do PT de aumentar a presença de militares na política, seguindo os exemplos do bolsonarismo e da extrema direita, já é implementada de outras maneiras por Rui Costa no estado, que além da política de repressão a manifestações, também impulsiona a militarização de escolas no estado; no fim de 2019, já eram 83 escolas públicas que haviam sido militarizadas.

Pesquisa recente mostrou que a PM da Bahia, instituição composta e defendida pela major petista, é a segunda que mais mata no país, em números totais, atrás apenas do Rio de Janeiro, sendo a maior parte das vítimas de bairros periféricos de Salvador, como São Cristóvão, Cajazeiras e Lobato.

Carolina Cacau também comentou a escolha do PT em Salvador:




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