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FUNDOS DE PENSÃO | PF inicia operação contra corrupção em fundos de pensão. Alvo é outro

PF deflagra operação Greenfield para investigar fraudes em fundos de pensão. Detrás do discurso de combate à corrupção poderosos interesses de usar os bilionários fundos como indutores das privatizações.

segunda-feira 5 de setembro de 2016 | Edição do dia

Policiais federais, o braço armado do “partido judiciário” deflagraram na manhã desta segunda-feira (05/09) a operação para cumprimento de mandados de prisão, condução coercitiva e de busca e apreensão para investigar irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a empresas estatais. Os alvos, declarados, são 74 pessoas físicas e 38 jurídicas. A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias envolvendo aproximadamente R$ 8 bilhões em nome de 103 pessoas físicas e jurídicas.

As ações ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas e no Distrito Federal.
O nome da operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes (iniciais, em construção), ainda no papel, como se diz no jargão dos negócios. No sistema financeiro, o contrário de investimentos “Greenfield” é o “Brownfield”. Nesse tipo, os recursos são aportados em um empreendimento/empresa já em operação.

Os alvos da operação "Greenfield" são a Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa), a Petros (de trabalhadores da Petrobras), a Previ (de funcionários Banco do Brasil) e o Postalis (de trabalhadores dos Correios). A polícia federal, o”partido judiciário,” busca nesta operação Greenfield ir para cima de um conjunto mecanismos e empresas capitalistas, conhecidas como Global Players e que possuem uma importante participação dos fundos de pensão no país. Para além da pública e notória corrupção dos fundos de pensão, a operação Greenfield tendo como alvo os fundos de pensão acaba sendo funcional ao novo esquema de acumulação capitalista que estão procurando desenvolver no país, tendo o BNDES com um indutor de privatizações, ao invés de ser um promotor de empresas capitalistas, gigantes nacionais. A operação Greenfield é com isso funcional para os tucanos Temer, Meirelles, tal como o BNDES nos anos 90 também utilizarem estes fundos de pensão retirados dos trabalhadores, para promover privatizações, aumentando os lucros dos empresários capitalistas.

Detrás do discurso de combate à corrupção movem-se peças maiores do xadrez dos interesses imperialistas em nosso país, como vemos na própria Lava Jato.




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