Desde a última semana os motoristas e cobradores, que estão em campanha salarial, vieram panfletando aos passageiros os motivos pelos quais paralisariam no último dia 13. Porem, a paralisação só aconteceu de fato hoje.
quarta-feira 18 de maio de 2016 | Edição do dia
Os ônibus não saíram das principais garagens e terminais de toda São Paulo. Além disso, alguns veículos fecham vias importantes como a Av. Nove de Julho e da Consolação, como forma de pressionar a patronal.
Segundo o sindicato da categoria, Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), uma negociação foi marcada para amanhã e caso o sindicato das empresas (SPUrbanuss) não apresentem uma proposta favorável aos trabalhadores a paralisação pode voltar por tempo indeterminado.
Os motoristas e cobradores reivindicam aumento salarial real acima da inflação, aumento no valor do vale refeição, participação nos lucros e resultados e manutenção dos postos de trabalho, ja que a prefeitura de são paulo vem ameaçando diminuir a frota de ônibus da cidade, o que resultaria em mais demissões de cobradores e também de motoristas.
O prefeito Fernando Haddad (PT) propôs aumento da remuneração das empresas que hoje operam por contratos emergenciais devido a licitação ainda não ter sido feita, ou seja aumentar os lucros dos empresários.
No começo desse ano os governos do estado e do município aumentaram a tarifa dos passageiros para R$3,80, sendo uma das passagens mais caras do mundo.
Enquanto aumenta a passagem e a remuneração das empresas os cobradores e motoristas enfrentam longas jornadas de trabalho com frotas precárias e com mais de 13 anos de uso. Já os passageiros sofrem com o transporte superlotado e com a demora nos pontos de ônibus devido a redução da frota.
