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CULTURA | "Onde começa um rio" fala de uma paisagem em transformação no movimento estudantil

Longa-metragem que se volta para as ocupações estudantis universitárias durante a luta contra a PEC do Fim do Mundo (Projeto de Emenda Constitucional 55), no final de 2016, é agora publicado online.

sábado 25 de novembro de 2017 | Edição do dia

"Onde começa um rio", codirigido por Julia Karam, Maiara Mascarenhas, Maria Cardozo e Pedro Severien, desacelera as turbulências diárias para ouvir a voz dxs ocupantes, saber quem são, de onde vem, o que pensam, ouvi-lxs refletir sobre suas experiências, desejos, conflitos e leituras do país. Num trajeto que parte do interior de Pernambuco até o Distrito Federal, constrói-se uma narrativa a partir dos encontros com ocupantes que, com suas formulações e ações, quebram uma visão hegemônica tanto da universidade pública quanto da própria organização estudantil. Esse exercício de diálogo serve para que possamos entender e conhecer melhor as ocupações, sem a pretensão de dar conta de toda experiência plural, diversa e crítica vivida por milhares de estudantes em todo o Brasil.

A pesquisa sobre as ocupações impacta a realização do filme e contagia o processo criativo, indicando o caminho para uma autoria compartilhada. Os realizadores têm experiências diversas no cinema e juntam suas perspectivas e conhecimentos para a construção do filme de uma maneira coletiva, colaborativa e não hierarquizada. Julia Karam é realizadora e produtora audiovisual, graduada em cinema pela PUC Rio. Maiara Mascarenhas é pesquisadora, produtora e mestranda em comunicação no PPGCom–UFPE. Maria Cardozo é diretora artística do Fincar – Festival Internacional de Cinema de Realizadoras, integrante do Ocupe Cine Olinda e realizadora audiovisual. Pedro Severien é realizador audiovisual e integrante dos movimentos Ocupe Estelita e Ocupe Cine Olinda.

Depois de estrear no VIII Cachoeira Doc, um dos mais importantes festivais de documentário do país, em Setembro, o filme já foi exibido em eventos organizados pelas ocupações da UFPE, no Centro de Artes e Comunicação, na exposição RE VER TER: memórias de uma ocupação, na comemoração de um ano do Ocupa CAA, em Caruaru, no Centro Acadêmico do Agreste, no Rio de Janeiro estreou no colégio Pedro II de Realengo e foi exibido e debatido no Curta na Central no Espaço Inventivo.

A disponibilização do filme na Internet serve para dar acesso aos movimentos sociais e coletivos de organização e mobilização contra o governo ilegítimo e golpista. Os realizadores desejam e estimulam que o documentário possa ser compartilhado nas redes e nas plataformas de esquerda. Mas também que sejam realizadas exibições presenciais em espaços de formação e mobilização. Nesses casos, pedimos apenas que sejam enviadas fotos e um resumo da atividade para a caixa de mensagens da página do filme, de forma que possamos ampliar a visibilidade dessas ações e atuar na produção de redes de comunicação entre os coletivos de resistência.

Uma importante atualização é que após as ocupações universitárias do final de 2016, diversas instituições abriram comissões de inquérito com o objetivo de perseguir os estudantes. Hoje, na UFPE, estudantes que participaram das ocupações estão sofrendo sanções administrativas antidemocráticas baseadas em relatórios fascistas. Os alunos bolsistas que estão sendo suspensos perderão o auxílio devido a essa perseguição política. "Onde começa um rio" é realizado em defesa da universidade pública para todxs! #LutarNãoÉCrime

Os links abaixo são de livre circulação:

Filme completo via streaming: https://www.youtube.com/watch?v=Xky7_2fBD2g&t=182s

Link para download do filme completo: https://vimeo.com/216633364

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=PSGeQggMWXg


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