A Comissão do Legislativo aberta hoje para apurar a gestão da pandemia no país terá duração de 90 dias. Investigação não inclui as casas do legislativo e o judiciário.
terça-feira 27 de abril de 2021 | Edição do dia
FOTO: EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO
O senador do PSD, Omar Aziz, foi escolhido com 8 votos - contra 3 de Eduardo Girão (Podemos) - para presidir a CPI que investiga a gestão do executivo no país durante a pandemia. "Vamos buscar a verdade, seja contra quem for", afirmou o senador do PSD, partido golpista do Centrão que, lembremos, é base aliada do governo de Bolsonaro e já deu sinais de amenização.
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Pouco após o início da sessão de instalação da CPI, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) informou que o desembargador Francisco de Assis Betti, presidente em exercício do TRF-1, havia derrubado uma liminar que impedia que Renan Calheiros assumisse a relatoria do colegiado, sendo este também eleito como relator da CPI.
A CPI será composta por 11 nomes: Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Girão (Podemos-CE), aliados do governo federal; Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), "independentes críticos"; e Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), da oposição.
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Será uma investigação de 90 dias que nada tem a ver com uma preocupação com as vidas perdidas e uma resolução da crise sanitária, mas sim de conduzir disputas entre alas de um mesmo regime golpista e antidemocrático.
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