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LAVA JATO | Odebrecht vai delatar presidentes estrangeiros

A Odebrecht se comprometeu na negociação de sua delação a entregar as situações que pagou propina para conquistar obras no exterior. Na sua delação premiada vai citar quais foram os políticos estrangeiros que receberam propina da empresa. Um integrante da família do presidente do Peru, Ollanta Humala, é citado em uma situação de pagamento de suborno.

segunda-feira 25 de julho de 2016 | Edição do dia

A Odebrecht foi escolhida para construir hidroelétricas no Peru, além da Rodovia Interoceânica Sul, que liga o país ao Brasil, e o Gasoduto do Sul, ainda em construção.

Também será detalhada na próxima fase da delação, uma situação em que a propina foi negociada diretamente com Ricardo Martinelli, o ex-presidente do Panamá, país onde a Odebrecht tocou, entre outras obras, o metrô da capital e uma hidrelétrica.

A Lava Jato avança para a America Latina

Esta fase da Lava Jato, envolvendo a empresa da Odebrecht, mostra que os países da America Latina serviram de balcão de negócios para esta grande empresa. O que ocorre com a Odebrecht, mostra como funciona o capitalismo, onde as grandes empresas compram e fazem negociatas com os grandes políticos para que estes governem de acordo com os seus interesses.

Por outro lado, mostra que hoje existe um giro à direita na superestrutura da America Latina, onde governos considerados pós-neoliberais estão cada vez mais sendo substituídos por governos mais alinhados com os interesses do imperialismo. Mostra também que o imperialismo através da Lava Jato quer ter o caminho livre na America Latina, por isso quer desmantelar as grandes empresas locais que são consideradas uma pedra no sapato para os imperialistas.

O que a operação Lava Jato quer é substituir um esquema de corrupção, por outros esquemas igualmente sujos. Sabemos que as empresas como a Shell, que estão por trás da operação Lava Jato, não são nem de longe honestas e querem um pedaço maior dos esquemas de corrupção que ocorrem na America Latina. A única maneira efetiva de combater a corrupção no Brasil, mas também em toda America Latina é através da ação independente dos trabalhadores de todo o continente.




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