O grupo Odebrecht precisa atingir metas de redução de dívida, desinvestimento, para assim cumprir com o acordo de leniência firmado com a Lava-Jato, e a justiça dos Estados Unidos e Suíça. A empresa tem uma dívida de 6,9 bilhões para pagar em prazo de 23 anos.
quinta-feira 26 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Em 2016 Odebrecht já havia vendido, por conta dos acordos com a Lava-Jato, cerca de 5 bilhões em ativos, com transações como a de 70% da Odebrecht Ambiental para a empresa canadense Brookfield, e a da quantiQ para a multinacional GTM.
Tais vendas eram parte de um planejamento da Odebrecht de vender até o inicio deste ano um valor de 12 bilhões, cuja a intenção é conseguir com a venda de participações na área de saneamento que não entraram na venda anterior à Brookfield e também dos ativos na Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira (RO).
Segundo a reportagem, a reconstrução da multinacional passa pela saída dos membros da família Odebrecht da presidência executiva e dos conselhos deliberativos das diversas empresas. No entanto, Emílio Odebrecht ainda se comprometeu a ficar mais dois anos frente a empresa para garantir as vendas de ativos do conglomerado.
O avanço da Odebrecht em cumprir o acordo de leniência e efetivar as vendas de ativos na Bolsa significa para a Lava-Jato de Sergio Moro um passo em um de seus objetivos: a retirada de esquemas de corrupção das camadas de empresários nacionais, não para por fim na corrupção como dizem, mas sim para que novos esquemas possam tomar corpo, com a chegada de investimentos de setores do imperialismo, assim como vimos com a venda de ações da Petrobrás para a multinacional Shell.
